capítulo 102

1022 Palavras

📓 NARRADO POR REY Fiquei um tempo só encarando o Pardal, a mente fervendo e o corpo pedindo descarga de alguma coisa. A raiva do Braga ainda latejava no meu peito, mas junto vinha aquele vício maldito. Levei a mão no bolso, senti o maço de Marlboro amassado. Quase puxei. Quase. Os dedos roçaram no papel duro, a vontade queimando mais que pólvora. Mas a voz da loira bateu na minha cabeça como ordem que não dava pra desobedecer: “Na minha frente, não. Não quero fumaça grudada no meu filho.” Fechei a mão com força, mas não tirei o cigarro do bolso. O silêncio pesou. Pardal, mesmo fodido, percebeu. Ele sempre percebe. O filho da p**a abriu o olho, arqueou a sobrancelha e riu fraco, se segurando na dor: — “Ué, chefe… que foi? Tá estranho. Até hoje eu só vi o senhor cuspir fumaça que nem

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