📓 NARRADO POR LÍVIA O salão já tava vazio, só restava eu e Simone jogadas nas cadeiras giratórias, rindo de besteira. Ela me olhou com aquele sorriso maroto que sempre vem antes de alguma provocação. — “Lívia, hoje tem baile de máscara. Bora.” — disse, como quem fala “vou ali comprar pão”. Eu joguei o cabelo pro lado, sem nem pensar duas vezes. — “Bora. Eu já tô pronta pra caçar. Mas já vou te avisando: não quero esses macho de meia-boca que só aguentam dois goles e já ficam deitados no sofá pedindo água.” Simone gargalhou, batendo palma. — “TU NÃO PRESTA, MULHER! Tu fala como se fosse devorar eles.” — “E não é isso que eu faço?” — respondi, arqueando a sobrancelha. — “O problema é que nenhum até agora teve fôlego. Tudo fraco, frouxo… eu fico até com dó. Um corpão desse, Simone, não

