capítulo 72 Rey

1087 Palavras

✍️ Narrado por Pardal O quarto ainda cheirava a álcool do soro e Marlboro barato do patrão. Eu ajeitei o travesseiro, gemendo de dor, mas sem perder a resenha: — “Ô patrão, eu vou falar, viu… o Cruzeiro pode tá em chamas, mas aqui dentro o bagulho tá parecendo sessão de terapia.” O Rey só me olhou de canto, sem rir, mas com aquele peso no olhar que sempre entregava quando a mente dele tava em outro lugar. Resolvi cutucar: — “E a loira, hein? A tal maldição que te deixou broxa pras outras? Vai fingir que ela não existe?” Ele respirou fundo, a corrente tilintou no peito, e soltou como quem desabafa sem querer: — “Agora eu tenho um endereço… supostamente ela trabalha num salão.” Eu arregalei os olhos, quase rindo: — “c*****o! Então tá aí o mapa do tesouro e o senhor tá aqui, sentado,

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