Uma bela jovem andava pelos corredores do Palácio celestial até chegar onde queria. Seu aposento. Ela entra nele e quando fecha a porta alguém bate nela.
TOC TOC TOC.
Ao abrir-lá novamente um grande e bobo sorriso se estampa em seu rosto.
- Posso entrar? - perguntou ele com um sorriso. Ah... Aquele sorriso!
- Claro. - Ela da passagem para que ele entre em seu aposento.
- Mas assim fica fácil demais. - ele solta um sorrisinho de lado.
- E o que você quer? - ela pergunta dando uma risadinha.
- Você que deveria me dizer isso. - se aproxima do rosto dela.
- Mas eu quero tantas coisas, não sei se você poderá me dar tudo. - fala em um doce tom desafiador.
- Quer apostar? - diz num sussurro aproximando-se mais. Quase encostando em seus lábios.
Sem responder, ela puxa ele pela nuca capturando aqueles lábios finos, rosados e com gosto de morango, a fruta favorita dele. Então ele a pega no colo e a leva para a cama depositando-a com extrema delicadeza na mesma, enquanto desce os beijos doces e apaixonados pelo queixo, mandíbula, orelha e pescoço deixando marcas avermelhadas pelo caminho. Enquanto ele venera o pequeno e macio corpo dela, ela arranha a nuca e o pescoço do rapaz. Ele percebendo que os sons que saem da pequena e avermelhada boca em forma de coração começam a ficar mais altos e estridentes, se levanta da cama e vai em busca de um lenço rosa que viu em cima da penteadeira para fazer uma mordaça e abafar os melodiosos sons que sua amada jovem faz, mesmo que ele queira ouvi-los preencherem o aposento, os outros habitantes do palácio não poderiam nem desconfiar que ele e sua amada estariam concretizando o seu amor. Quando ele volta a se deitar na cama, ele começa a despi-la vagarosamente para que possa gravar em sua mente cada detalhe daquela obra prima da natureza e então volta distribuir beijos molhados por aquele belo corpo indo em direção ao ventre logo chegou a feminilidade dela foi quando ela segurou o lençol com as mãos e passou as pernas pelo pescoço dele e o apertou contra si enquanto ele a beijava furiosamente, chupando e dando pequenas e suaves mordidas no seu botão. Quando ela estava perto do ápice ele parou. Se despiu rapidamente. E a conheceu. Foi lento. Foi doce. Foi perfeito. Mas quando eles chegaram ao ápice juntos algo aconteceu. Ele tombou do lado dela foi então que ela percebeu que tinha algo errado. O ar faltava-lhe nos pulmões.
- Amor? Tudo bem? - ele segurou forte em sua mão. Não estava tudo bem. Ele estava indo embora.
- Não. Por favor meu amor, não me deixa. Não! - diz a jovem aos prantos desesperada pela cena que via.
O rapaz estava deitado em sua cama. Desaparecendo aos poucos.
- Não! Fala comigo amor, não me deixa. POR FAVOR!...
Ela não parava de chorar. A cada instante que passava seu amado desaparecia mais e mais. Em seus últimos suspiros de vida, ele tenta falar o quanto a ama, mas estava tão fraco, que nenhuma voz saiu e os olhos da jovem tinham tantas lágrimas que não conseguiu ler os lábios de seu amado.
- Não... não... NÃO!
E então ele desapareceu completamente, e na cama ficou uma sombra que marcava onde ele havia passado seus últimos momentos.
Derepente um tremor aconteceu, e foi tão forte que chamou a atenção de todos os deuses. Todos saíram as pressas de seus aposentos até verem ela sentada a frente de sua porta chorando.
- O que aconteceu? - pergunta Zeen.
A jovem olha para ele, fazendo com que todos perceberem que suas lágrimas caiam por causa de uma perda que a causa muita dor e sofrimento. Então todos entendem o que teria acontecido.
- O que você fez?! - pergunta Nodies de uma forma que ela percebe-se sua raiva.
- Eu não queria... - diz chorando compulsivamente.
- Não acredito nisso... - diz Apolo com decepção em seus olhos.
- Como você pode? - Zeen diz friamente.
Ela não sabia fazer outra coisa se não chorar diante das críticas.
- Você é uma decepção. Alguém como você nunca deveria ter sido escolhida. - diz Sedi com raiva.
A jovem não aguentou os olhares de raiva e decepção dirigidos a ela e entrou rapidamente em seu aposento onde continuou a chorar.
Enquanto ainda era madrugada, ela sai do palácio na surdina deixando apenas uma carta, porque a dor da perda ela carregará eternamente em seu coração.
Atualmente...
A lembrança daquele terrível dia vem a memória, enquanto colhe morangos na pequena horta que cultiva com carinho atrás da sua nova casa e sem perceber uma lágrima solitária cai de seu olho.
Na frente da casa...
- Senhor, não é melhor esperarmos? Ela deve estar dormindo.
- Não temos tempo. - diz Kuro indo em.
Bate rapidamente e ao tentar abrir vê que não está trancada.
- Não devemos entrar assim.
- Está destrancada então não tem problema. - diz já entrando vendo que é uma casa simples, mas bem organizada e conservada.
- Ela é organizada ao menos.
- Não temos certeza se é ela.
- Então ache uma coisa para termos certeza. - Ele começa a procurar pela casa.
Ele vê uma porta entre aberta e vai na direção dela. Quando ele entra vê que é um quarto com uma cama, uma penteadeira e uma cômoda. Ele vê um anel em cima da penteadeira e o pega para olhar melhor. É um anel delicado em forma de ramos com três pedrinhas rosa e tinha uma frase gravada: "Acredite em si mesma♡"
Então ele sem querer deixa o anel cair fazendo uma barulho alto e fino reveberar pela casa e ele o pega rapidamente colocando-o de volta onde estava e quando se vira para sair do quarto vê uma bela jovem de cabelos castanhos e olhos vermelhos.
Momentos antes atrás da casa...
Depois de um tempo colhendo morangos a jovem entra em casa pela porta dos fundos e deixa a cesta na cozinha até que escuta um barulho vindo de seu quarto e vai rapidamente para lá. Quando chega vê um rapaz e ao olhar para sua mão vê que está segurando seu anel. Ela caminha com rápidas passadas em direção a ele e pega de volta seu anel.
- Quem é você? - pergunta olhando friamente.
- É... Olá meu nome é kuro, o novo deus do ódio, estou...
Derepente a jovem o puxa levando-o para fora e Lack os seguem. Ao ficar do lado de fora ela fecha a porta com força.
- Ei!
- Vai embora!
- Isso não é jeito de tratar uma visita.
- Você não é visita. É um invasor!
- Eu preciso falar com você!
- Mas eu não!
- Se não abrir eu vou entrar a força.
- Quero ver conseguir!
Kuro pega sua a**a e atira na fechadura da porta mas nada acontece.
- Por que não funciona?
- Deve ser o encanto dela.
- Encanto?
- É.
- outro dos poderes de um deus. Esse deve impedir que sentimentos negativos cause algum tipo de dano.
- Isso é injusto. Eu sou o deus do ódio!
- Por isso teria sido melhor não entrar sem permissão senhor.
- Se não for ajudar fica quieto.
Kuro tenta atirar de novo mas ainda assim não funciona então tenta arrombar mas seus esforços são em vão.
- Não é melhor descansar um pouco senhor?
- AAAAA! Se eu não precisasse dela teria a estrangulado. - diz nervoso sentando no chão então suspira. -Vamos achar um local para dormir.
- Já providenciei.
Lack leva Kuro até uma pequenina cabana feita se folhas debaixo se uma árvore.
- Muito bem. - diz Kuro se deitando e Lack se deita ao seu lado e os dois caem no sono.
Na cabana...
A jovem olha por uma brecha da janela e não vê mais ninguém.
Ele já deve ter ido em bora.
Então volta a sua rotina e resolva fazer uma torta com os morangos que pegou mas estava muito cansada por causa do estresse que havia passado, logo, resolve fazê-la quando acordar, decidida, se deita e cai no sono.
~♡~♡~♡~♡~
- Você é uma vergonha. - diz Nodies.
- Você nos decepcionou. - Thart fala com desprezo.
- Afrodite não deveria ter escolhido você. - Apolo diz.
- Por que? - diz o jovem por quem estava apaixonada.
Essas frases se repetiam varias e várias em sua cabeca até que no susto ela acorda com lágrimas nos olhos e fica por um tempo sentada, abraçando seus joelhos.
Depois de um tempo ela se levanta e vai se banhar em um rio, por conseguinte, voltou para cabana e começou a fazer a torta de morango.
Do lado de fora...
Kuro acorda e senti um cheiro delicioso.
- Humm... Torta de morango. - diz Kuro com água na boca.
- Está vindo da cabana.
- Você sabe fazer torta de morango?
- Não senhor.
- AAAAAA - diz se deitando com raiva, derepente levanta e vai em direção a cabana e Lack o segue.
- O que vai fazer senhor?
- Pedir um pedaço de torta.
- Acho que não deveria fazer isso, podemos perder a chance de falar com ela depois.
- É só um pedaço de torta.
Ele bate na porta.
TOC TOC TOC.
Ela abre e quando vê que é ele tenta fechar mas ele impede com o pé.
- Licença. - ela tenta tirar o pé dele mas não consegue.
- Sei que não começamos muito bem, mas gostaria de recomeçar.
- Eu não.
- Por que?
- Não quero me meter nos assuntos dos deuses.
- Então você é mesmo a deusa do amor?
- ...
- Por falar nisso eu me apresentei, mas você ainda nem me disse o seu nome.
- ...
- É falta de educação não se apresentar.
- Eu sou Shiro.
- Só?
- Só. O que você quer?
- Que você me convide para comer uma fatia de torta.
- Que eu te convide?
- Isso mesmo.
- Por que você não pede?
- Por que você pode simplesmente me convidar.
- Você só vai comer se pedir.
- Por que você não me convida logo? - Kuro diz começando a ficar com raiva.
- Porque eu não tenho motivo para te convidar.
- Então só me deixa entrar, é falta de educação deixar as pessoas na porta.
- A não ser que essa pessoa já tenha invadido a casa.
Kuro fica nervoso ao se vê encurralado mas decide dar o braço a torcer.
- Pode me deixar entrar para comer um pedaço de torta? - diz num sussurro.
- Não escutei, repita mais alto por favor.
- Pode me deixe entrar e comer torta. - diz num tom audível.
- Sim, claro. - ela da passagem para ele entrar.
Kuro se senta se segurando para não descontar em nada a raiva que estava sentido e fica em silêncio.
Shiro tira a torta do forno, então escuta um barulho de ronco vindo da direção de Kuro. Ela coloca a torta em cima da mesa, parte um pedaço para Kuro e um para ela.
- Obrigado - diz com um sorriso no rosto.
- Hummm! Está deliciosa - diz Kuro com a boca cheia.
- Olha a educação! E obrigado.
Kuro termina e repete até não ter mais nenhum pedaço da torta.
- Obrigado. Estava uma delícia.
- Que bom que gostou. Era a favorita dele. - a última parte sai como um sussurro.
- O que disse?
- Nada.
- Então... Só para confirmar: Você é a deusa do amor, não é?
Shiro se irrita com a pergunta então recolhe as louças sujas e leva para a pia.
- Se já comeu, pode ir.
- Não sou de comer e ir embora.
- Estou te expulsando.
- Entendo, não sei por que me trata assim, mas não acho que deveria tirar conclusões quando nem me conhece.
Kuro se levanta e vai até Shiro e para bem atrás dela sem que ela percebece.
- Sei que você é um deus, isso já é o suficiente. Eu não tenho interesse em voltar.
- Se você sabe porque eu vim já economiza tempo.
- Mas não adianta, eu não vou voltar!
- E se eu te disser que tem um jeito de acabar com o caos?
- Não quero saber, isso é problema dos deuses, não meu.
- Não seja assim, você poderá concertar seu erro!
- VOCÊ NÃO SABE DE NADA! - ela se exalta e vira num rompante dando de cara com o peitoral de Kuro. ela tenta ir para trás mas é impedida pela pia. Kuro se aproxima mais ficando a centímetros dela e abaixa o rosto quase encostando nos lábios dela. -
V-ocê não est-tava lá. Você n-não viu o que e-eu vi. N-não viveu o q-que eu vivi.
- Eu posso até não saber de nada, mas pelo menos estou tentando fazer alguma coisa. - diz friamente.
Shiro se mantém controlada e o puxa para fora da cabana mas ele consegue impedir antes.
- Para de tentar evitar conversa.
- Sai da minha casa!
- Me escuta pelo menos.
- Sai agora!
- Precisamos que...
Shiro põe Kuro para fora enquanto ele se distraiu tentando falar.
- Eu já falei que não vou voltar! - fala fechando e trancando a porta.
- Então é ela mesmo.
- E?
- Ela não quer voltar.
- Isso só complica. Não é melhor voltar e tentar achar outra solução?
- Li todos os livros sobre isso é essa foi a única solução que eu achei.
- Ou você não procurou direito.
- Hahahaha. - da uma risadinha irônica.
- É sério, talvez se...
- Eu, você sabe onde eu posso tomar um banho ? Faz dois dias que não tomo um.
- Tem uma cachoeira aqui perto.
Lack leva até a cachoeira onde ele tomou um banho, se vestiu e voltou para onde estava ficando.
- Aquela torta estava tão boa.
- Pelo menos comeu bem.
- É mas parecia que tinha algo a mais. Por que ela saiu assim? É por que não quer voltar?
- Não acha que é por culpa?
- Pode ser isso também, mas sinto que tem mais alguma coisa. - diz Kuro pensativo.
- Bem, não vai adiantar pensar nisso agora. Vamos esperar até amanhã.
- Certo. - suspira.
Ele deita na sua cama improvisada com Lack ao seu lado esperando anoitecer para ele dormir para amanhã voltar a falar com Shiro, mesmo que ela não o escute.
Dentro da cabana...
Shiro ficava andando de um lado para o outro, pensando na cena que aconteceu mais cedo.
Muito perto, muito perto. - pensa ao lembrar da ousadia dele.
Ele estava um pouco fedido também. - deu uma leve risada, ao pensar no cheiro desagradável dele ela se acalmou.
Depois de algum tempo divagando Shiro decidiu da uma arrumada na cabana. Então resolvem fazer outra torta. Quando a torta estava pronta, ela resolve dar uma caminhada pelos arredores da cabana, e quando saiu viu que há era noite, mas isso não a desanimou. Ela pegou um lampião para iluminar o caminho e saiu andando. No meio de sua caminhada viu Kuro deitado ao relento, com Lack deitado ao seu lado, ela então ficou com peso na consciência pois sabia que se ele estava lá era por que ela não o seu abrigo, mas se lembrou que ele só estava nessa situação era por que não queria voltar para casa, então vou para a cabana, pegou lençóis, e os cobriu, deixou dois pedaços de torta então saiu.
~♡~♡~♡~♡~
- Nãooo! Nãooo! - diz Shiro chorando desesperadamente.
- Por que? Por que? - diz seu amado com tristeza e decepção nos olhos.
- Por favor... Me... - antes de Shiro terminar o pedido de perdão ele desaparece e ela acorda no susto.
De novo esse sonho! Quando eu vou ter paz?
Shiro resolve tomar um banho por estar suada e perto de amanhecer. Quando voltou para a cabana viu Kuro deitado no mesmo lugar.
Esqueci que ele estava aqui... - pensou ao se lembrar de seu cheiro fedido.