Caio Narrando Não sei o que deu em mim, mano. Eu só sei que quando ela passou pela minha moto, aquele cheiro, aquele olhar frio… Foi como se alguém tivesse arrancado meu coração com a mão. Não aguentei. Quando vi, já tinha largado a moto no meio do beco, saí correndo atrás dela no impulso. — Manu… não, p***a… não vai assim! — minha voz saiu rasgada. Puxei ela pelo braço, virei ela de frente e abracei com tudo, com toda a força do meu desespero, do meu arrependimento, da minha dor. Ela começou a se debater na hora. — Me solta! Me solta, c*****o! — ela gritava, com a voz embargada, já quase chorando. Mas eu não conseguia. Não queria soltar. Não podia soltar. — Não… não, pelo amor de Deus, não faz isso… me escuta, só me escuta… me perdoa, Manu, por favor… — eu já tava chorando igu

