Manu Narrando Eu tava ali, sentada no canto do camarote, com a taça de gin na mão, as pernas cruzadas, o cabelo bagunçado pela dança e o coração calmo, mas rindo por dentro. Porque se tem uma coisa que me dá prazer nessa vida… é ver o MT surtando. Sério. O homem virou um maluco, um cão raivoso de farda. Jogou as piranhas tudo pra fora do camarote, deu show no meio do baile, montou uma muralha de segurança na entrada igual fosse área de guerra e saiu gritando que ninguém podia chegar perto de mim. De mim. Como se ainda fosse dono de alguma coisa. Mas eu sei o que é isso. Sei bem. Medo. Medo de eu fazer com ele o que ele já fez comigo. Medo de passar por um canto e ver um homem encostando em mim. Medo de algum vacilão me chamar de “linda” e eu sorrir de volta. Medo de eu cair nos braços

