Caio narrando Tava na boca, como sempre. Calor do c*****o, sol batendo na cara, molecada gritando, rádio estourando funk e eu ali, com mil pensamento na cabeça e um cigarro na boca. Já era meio-dia e eu nem tinha tomado café. Nem fome eu tinha. Só cansaço mesmo. A Milena chegou com aquela voz esganiçada que já me dá vontade de sair andando no sentido contrário. — Caio, não esquece, tá? Hoje é o dia! A gente vai saber o sexo do bebê! Vamos juntos, né? Suspirei fundo. Olhei pra ela devagar, mastigando o ódio. — Não, pô. Não quero ir, não. Tô ocupadão aqui, tá ligado? Ela fez uma cara de ofendida, igual criança mimada que não ganhou o brinquedo na loja. — Ah, Caio, que isso? É importante, é nosso filho! — Vai lá, descobre lá e me fala, pô. Tranquilo, tá suave. Tô aqui de boa, entendeu

