MELISSA NARRANDO Ai, que fome do c*****o… Era quase duas da manhã e minha barriga já tava fazendo mais barulho que som de baile. Revirei a geladeira, olhei o armário, mas em casa não tinha nada que prestasse. A real é que eu tava com vontade de comer alguma besteira. Um lanche bem gorduroso, cheio de cheddar, bacon, batata… dessas coisas que só fazem sentido quando a fome bate de madrugada. — Quer saber? Vou pra rua — falei alto, só pra mim mesma, já decidida. Aqui no Salgueiro é assim, né? O povo não dorme. A comunidade pulsa 24 horas por dia. Sempre tem alguém virado no plantão, alguém voltando do baile, alguém abrindo o trailer pra vender alguma coisa. E comida… comida não falta. Se der sorte, até churrasquinho na brasa rola. Fui pro quarto, abri o guarda-roupa e escolhi um vestido

