MT NARRANDO Assim que eu dobrei a esquina da boca, o bagulho já tava fervendo. O sol nem tinha estalado direito ainda e os moleque já tavam na calçada a milhão, cheios de energia, como se a p***a da noite tivesse acabado de começar em vez de terminar. Eu nem tinha descido do carro ainda e já dava pra ouvir os gritinhos, a zoeira, o batuque no peito da Kombi abandonada, igual caixa de som improvisada. — E aí, MT! c*****o, olha o passinho do cria, p***a! — um dos menorzinho berrou, já largando o fuzil no ombro e descendo no passinho, todo se achando. Fiquei só encostado na porta, braço cruzado, olhando a cena. Moleque novo, sem bigode ainda, achando que é a reencarnação do n**o do Borel. A outra cria já colou junto, girando a arma no dedo como se fosse nunchaku, balançando as perna no ri

