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1466 Palavras

MANUELLE NARRANDO Eu nem tinha fechado direito o portão, já escutei o som do chinelo dele batendo no chão atrás de mim. Nem deixava meu sangue esfriar. Nem me dava paz pra respirar. Virei de costas, e quando vi, ele já tinha enfiado a mão no meu braço com força, me puxando como se fosse dono de mim. — Ô, volta aqui, p***a! Cê pensa que vai sair assim depois de me afrontar? Foi automático. Girei no próprio eixo, puxei meu braço com raiva e, sem pensar duas vezes, larguei a mão na cara dele com tanta força que minha palma doeu. ESTALOU. O mundo dele parou. Eu vi no olho dele. O Caio ficou travado, segurando o rosto como se não tivesse acreditando que eu tive coragem. Pois eu tive. E teria de novo. Apontei o dedo na cara dele, o peito subindo e descendo no mesmo ritmo que minha revolta

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