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1159 Palavras

Manu Narrando Ser médica nunca foi só um sonho. Sempre foi uma promessa que eu fiz pra mim mesma, lá atrás, quando tudo parecia um caos. Quando eu tava no chão, sem chão. Quando tudo que eu tinha era minha força de vontade e uma fé torta de que as coisas iam melhorar um dia. E melhoraram. Hoje eu tô no hospital. Fardada, com crachá no peito, jaleco limpo e as olheiras gritando mais do que meu relógio biológico. Tô de plantão, cumprindo minha residência com a cabeça cheia, mas o coração cheio também. Porque apesar de tudo, eu tô aqui. No meio da loucura que é uma emergência, entre sirenes, sangue, gritos e diagnóstico… eu tô vivendo meu propósito. A rotina é c***l, não vou mentir. Acordo às cinco, chego no hospital com o céu ainda escuro, e só saio quando as luzes da cidade já estão aces

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