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1699 Palavras

MT NARRANDO Ali, com ela nos meus braços, o mundo inteiro ficou em silêncio. O quarto do meu filho iluminado com aquelas estrelas no teto, o cheiro de talco misturado com o perfume dela, o choro preso na garganta… tudo isso me fez sentir uma parada que eu nem sei explicar. Não era só culpa. Era mais profundo. Era como se eu tivesse passado a vida toda correndo atrás do poder, do respeito, da p***a toda, e só agora, ali com ela, com o meu filho dormindo a dois passos da gente, eu tivesse entendido o que realmente importa. A Manu tava quebrada, e eu sabia que a culpa era toda minha. Cada lágrima que descia do rosto dela era um peso que eu sentia no meu peito como se fosse tijolo. E eu? Eu já me sentia um merda há muito tempo. Desde que ela foi embora. Desde que eu vi aquele último olhar

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