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Melissa narrando Assim que a porta bateu, eu já ouvi o barulho dos passinhos da Manu. Olhei na direção e lá vinha ela, com o cabelo bagunçado, cara de quem não dormia desde 2003, e o Cauã no colo, todo enroladinho na manta azul. — Toma! — ela falou, jogando a cria no meu braço, como se fosse uma bolsa de compras. — Pega teu sobrinho aí que eu não aguento mais nem olhar pra ele. — Oi, boa tarde pra você também, querida, — respondi, pegando o bebê com todo o carinho do mundo. — Oi, Cauã. Tudo bom, meu amor? A mamãe tá de TPM, é? Ela se jogou no sofá como se fosse desmaiar. Tava nítido que a alma dela tinha ficado na casa do Caio. — Eu tô moída, Melissa. Ele chorou a madrugada inteira. Cólica. Eu já nem sei se meu nome é Manuelle ou se eu virei uma vaca leiteira oficialmente. — Você

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