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1347 Palavras

Caio Narrando Eu tava ali ainda, sentado na cadeira da boca, com o fuzil na perna, cigarro na outra mão, coração num aperto do c*****o. Já era de manhã, o sol começando a bater forte, aquela claridade fodendo minha vista, mas minha cabeça? Minha cabeça só rodava nela. Já não aguentava mais esperar. Já tava no limite. “Ela tem que passar por aqui.” “Não é possível que ela não vá passar por aqui.” Fiquei o tempo todo com o olho grudado na viela, na descida da casa dela, tudo. Não piscava. Nem respirava direito. Piloto até falou: — Irmão… desencana, véi. Se tu ficar assim tu vai morrer do coração, c*****o. Nem respondi. Nem ouvi. A p***a da Milena já tinha me tirado do sério com aquela palhaçada mais cedo. Não bastava todo o peso que eu tava sentindo, a filha da p**a ainda me

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