Manu Narrando Eu sabia que o Willian ia vir. Sabia. Ele tinha soltado umas indiretas, umas mensagens do tipo “me espera aí”, “qualquer dia eu apareço”… e do jeito que ele fala, com aquele ar debochado, a gente nunca sabe se é zoeira ou se é verdade. Mas no fundo, lá no fundo, eu sentia. Tinha alguma coisa diferente no jeito dele. No cuidado, no tempo que ele tirava pra me ouvir, pra mandar mensagem todo dia perguntando se eu tinha comido, se eu tinha dormido direito, se o bebê mexeu. O que eu não sabia… era que ia ser tão rápido. Tão de repente. Tão de verdade. Quando ele apareceu ali na porta, do nada, com aquele sorrisinho de canto e o olhar de “eu vim mesmo”, meu mundo girou. Não era só por ele estar ali — era pelo que aquilo significava. Ele atravessou pra me ver. Sem me cobrar nada

