DEGUSTAÇÃO — A PRINCESA E O MONSTRO
Narrado por Ramon Viana Carvalho (Coringa)
A ordem era simples: "Me traga ela."
E trouxeram.
Amarrada não. Machucada, nunca. Mas cercada.
Cercada por mim. E isso já era violência suficiente.
Patrícia Godoy entrou no galpão devagar, olhos queimando, salto estalando no chão de cimento como se ainda estivesse no tapete vermelho.
Mas ali… não era o mundo dela.
Ali era o meu trono.
Ali… eu era o d***o vestido de CEO.
— “Isso aqui é sequestro ou fetiche de miliciano?” — ela disparou, olhando ao redor.
Cruzei os braços. Sorri de canto.
Ela era corajosa. Mas coragem sem cálculo vira burrice.
— “Isso aqui é o começo da tua queda, princesa.”
— “Cair? Eu? Só caio de quatro se eu quiser… e não vai ser você que vai me dobrar.”
Me aproximei devagar.
Cada passo ecoando no concreto.
Cada olhar dela tentando esconder o medo que o corpo já gritava.
— “Você acha que ainda tem controle.” — falei, parando na frente dela. — “Mas o problema é que eu não sou homem de convencer…”
Encostei. Rápido. Quente. Sujo.
A mão na cintura.
A boca roçando na orelha.
— “Eu sou homem de possuir. De marcar. De invadir.”
Ela empurrou meu peito.
— “Me toca de novo e eu arranco teus dentes.”
Ri. Escuro. c***l.
— “Acha mesmo que essa tua boquinha de patricinha vai me assustar? Você nunca viu um homem de verdade. Tá acostumada com moleques de champanhe, filha da lei…”
Apertei o rosto dela. Forte. Dominante.
Ela tentou se soltar, mas não conseguiu.
— “Eu sou do tipo que arranca tua pose com a mão na tua garganta e tua calcinha no chão. Quer gritar? Grita. A favela vai ouvir. Mas ninguém vai vir te salvar, Pati. Porque aqui… quem manda sou eu.”
Ela tremia.
Mas os olhos ainda me queimavam.
— “Você vai se f***r, Coringa.”
Apertei mais.
— “Você também. A diferença é que… você vai gostar.”
Soltei. Deixei ela respirar.
Mas o estrago já tava feito.
Ela me odiava.
E queria me beijar com a mesma força.
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Narrado por Patrícia Godoy
Ele era o tipo de homem que as mães avisam pra gente fugir.
Mas eu sempre corri pro perigo.
Ramon Viana. O CEO. O criminoso. O Coringa.
Ele era tudo o que eu deveria desprezar.
Mas ali, colada nele, sentindo o cheiro de pólvora e poder, eu queria uma coisa:
Desafiar. Testar. Provocar.
— “Acha que eu tenho medo de você?” — cuspi.
Ele sorriu.
— “Não. Você tem t***o. Medo e t***o andam juntos, princesa.”
A mão dele voltou pro meu corpo. Dessa vez, mais baixa. Mais direta.
Sem hesitar.
— “Tira a mão.”
— “Faz eu tirar.”
Eu tentei empurrar.
Ele segurou meus pulsos contra o carro atrás de mim.
Prendeu. Apertou. Encostou o corpo no meu.
Duro. Dominante. Afiado.
— “Se você me arranhar… eu vou sorrir.
Se me morder… eu vou te virar de costas e te f***r contra essa porta.
E se me beijar… vai se apaixonar pelo teu maior inimigo.”
Minha respiração falhou.
Mas eu não cedi.
Porque eu era Godoy.
E ele era o demônio que queria me ver ajoelhada.
Mas eu jurei: se um de nós ajoelhar primeiro… vai ser ele.
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Narrado por Ramon
Ela saiu andando. Com o orgulho em chamas e a calcinha colada de medo e vontade.
E eu fiquei ali. Observando.
Porque quando ela cair — e ela vai cair — vai ser na minha cama.
Na minha favela.
No meu mundo.
Nos meus braços.
No meu domínio.
E eu não sou homem de amar.
Sou homem de destruir.
E reconstruir ela do meu jeito.
Gemendo, marcada, e só minha.