THALES (quando o fim não explode… ele arranca) O dia ainda nem tinha nascido direito quando pisei na base aérea. Farda fechada até o pescoço, cicatrizes escondidas sob a manga. Mas não era por disciplina. Era pra não lembrar que ainda tava vivo. O helicóptero tremia com o motor já ligado. No céu, só nuvem grossa. No bolso, zero expectativa. Entrei sem olhar pros outros. Só um piloto. Um sargento. Dois soldados novos que ainda tinham esperança nos olhos. Pobres deles. ** — “Montenegro. Zona rural, limite de conflito, área limpa segundo a inteligência,” disse o piloto. — “Você e os garotos desembarcam. Analisa o perímetro. Resgata o civil se confirmar a informação. Simples.” Simples. Tudo é simples até dar merda. ** Subimos. Vinte minutos de voo. A hélice cortando o ar,

