A filha do vaqueiro fugindo com um Milionário INOCÊNCIA-parte-5-

2588 Palavras
Sentou sobre o meu corpo segurando nos meus cabelos: __Com o que, que eu devo parar? Falei: __Hugo… pare… Ele saiu de cima de mim e levantou. Ia para o escritório, mas parou quando eu falei: __Eu estou grávida. Ele voltou deitando do meu lado. Pediu desculpas e me beijou. Dormimos abraçados. Hugo nunca me deixava sair para lugar algum e somente podia sair com ele. Nem podia conversar com outras mulheres mães das coleguinhas da minha filha. Eu não importava, pois nem gostava de sair ou amizades. Mas, num certo dia, fui de carro com o motorista dirigindo buscar a amiga da minha filha até a sua casa para brincar com a minha filha na nossa casa. E quando Hugo ficou sabendo que eu sair sozinha mesmo com a minha filha do meu lado, ele começou a me bater e gritar palavrões! Quando parou de me bater, meu corpo estava todo marcado das mãos dele! Sair do quarto o deixando dormindo e fui para o quarto da minha filha trancando a porta. Chorei muito naquela noite tomando uma decisão: Eu ia embora com os meus filhos e ele pagava pensão! Esperei que ele saísse para a empresa e arrumei algumas roupas e documentos. Eu tinha muito dinheiro guardado que ele me dava e como não tinha com o que gastar, eu depositava na minha conta que ele mesmo abriu. Chamei um taxi e o taxista ajudou-me com as malas colocando tudo dentro do carro. Junto com os meus filhos seguimos para o interior onde eu não voltei por muitos anos! Ele não me amava só me levou para a sua casa porque perdeu a sua amada noiva e queria me colocar no lugar dela! Quem ama não agride como ele me agredia! Eu precisava dar um tempo de tudo e pensar melhor em tudo o que estava acontecendo ele não podia colocar as mãos em mim como se fosse o meu dono e eu a sua propriedade! Estava cansada de ser humilhada e ele pensar que eu tinha que aguentar tudo que na roça eu estaria vivendo pior! Meus filhos dormiam do meu lado enquanto minha mente fervia em pensamentos! O motorista tentou puxar assunto, mas eu não dei ideia e ele se calou continuando dirigindo em direção da minha cidade natal. Eu não sentia saudades de ninguém ali. Vivi uma vida muito sofrida para ter boas recordações, mas eu tinha que ir ver como todos estavam e dar um tempo das agressões de Hugo! Ele nunca mais falou da minha família e por muitas das vezes teve vergonha de dizer para as pessoas que perguntavam de que família eu era e ele teve vergonha de dizer e mudava de assunto! Eu não me importava achando que ele tinha razão, mas com o tempo, fui percebendo que a minha família era como eu mesma. Pobre e humilde! A minha inocência não me deixava enxergar de que Hugo não podia ter vergonha da minha origem e eu aceitava tudo em silencio sem saber me defender! Com os anos passando fui entendendo de que ele tinha vergonha de responder quem era a minha família, pois não era família importante como a dele! Eu não era de família com nome importante e não tinha nenhum valor para a sociedade de gente rica! Pensei em muitas coisas enquanto o carro seguia para a minha terra natal. Para a minha verdadeira origem! Parei em alguns restaurantes para os meus filhos comerem e descansarem. O celular continuava desligado e eu sabia que Hugo estava muito preocupado sem saber nada dos filhos e nem da sua mulher! Ele podia pensar que fomos sequestrados! Ao pensar isso, peguei o celular da bolsa e liguei-o e vi muitas chamadas do Hugo! Vinte minutos depois que liguei o celular e o carro entrou numa cidade pequena, o celular tocou. Atendi e o Hugo foi logo falando em tom de desespero: __Onde você está? O que aconteceu com vocês? Pelo amor de Deus! O que está acontecendo Gabriella? Respirei fundo tomando coragem e falei: __Estou indo embora com os meus filhos para a minha cidade. Ele ficou muito nervoso e gritou: __O que? Está ficando louca? Traga os meus filhos de volta e agora! Ouviu? Olhei para as crianças sentadas nas poltronas conversando olhando para as fazendas e os animais e falei: __Estou indo embora Hugo. Tchau. Ele ficou enlouquecido: __Cale a sua boca e volte agora! Eu estou te avisando! Volte agora! Sua irresponsável! Respirei fundo. Minha filha perguntou: __É o papai mamãe? Respondi que sim e falei ao telefone: __Está vendo? É por esse motivo que estou indo embora. Você me trata com a maior falta de respeito e como se eu fosse a sua propriedade! Chega! Ele gritou: __Como tem coragem de dizer isso? Pense em tudo Gabriella! Pense! E agora está sendo ingrata comigo! Eu estou ordenando que traga meus filhos de volta agora! Não os levem para aquele lugar imundo e miserável! Tirei o celular do ouvido e desliguei a ligação desligando o celular tendo a certeza que foi a melhor atitude que eu tinha tomado na minha vida! O carro entrou nas ruas de pedra da cidade que eu nem conhecia por só ter ido ali quando fugi com o Hugo. Paguei o taxi e peguei outro na cidade e pedi que fosse para o sítio do João Grosso. Todos conheciam o meu pai por esse nome. Emocionei quando o carro entrou por estradas conhecidas onde eu passei brincando para ir a algum sitio vizinho! As crianças estavam exaustas! O carro entrou em outra estradinha de terra e começou a subir uma ladeira que seguia para o sitio do meu pai. Quando o carro parou em frente a uma enorme casa de fazenda, fiquei boquiaberta, pois quando sair dali era somente um casebre que tinha ali! Vi muitas plantações e muito gado gordo de porte! Quando desci do carro vi algumas crianças correndo curiosas em nossa direção! Vi papai aparecer na porta da casa nova com uma varanda na frente. Mamãe também apareceu olhando curiosa quem era os visitantes. Andei elegantemente calçando botas de saltos vestindo calça jeans justa com blusa de frio. Eles não me reconheceram. Quando aproximei e subi os degraus da varanda, mamãe aproximou me olhando de cima a baixo tentando me reconhecer! Aproximei e falei: __Sou eu mamãe! Ela gritou levando as duas mãos na cabeça: __Me vale Deus! É a Gabriella! Abraçou-me forte aos prantos! Papai aproximou perguntando: __É você mesmo minha filha? Abracei o homem dizendo: __Sou eu mesmo papai… Ele me abraçou chorando! Nós três nos abraçamos! Senti uma mão no meu ombro. Virei o corpo e vi meu irmão já u homem! Abracei o seu corpo e ele me levantou gritando: __É a Gabi! Meu Deus! É a Gabi e está linda! Como senti saudades de você! Chorei muito nos braços do meu irmão! Ficamos conversando todos ao mesmo tempo! Apresentei os meus filhos a minha família que abraçaram-nos! Vi uma mulher na porta vestida um velho vestido com uma criança nos braços! Reconheci de imediato: __Clara! Ela andou até onde eu estava e me abraçou forte chorando! Vi seis crianças aproximando e agarrando no vestido de Clara! Ela olhou para as crianças e falou envergonhada: __São meus filhos! Abracei e beijei cada filho da minha irmã que carrega outro filho no ventre! Entramos e olhei para a casa nova com assoalho de madeira e alguns móveis novos. A casa tinha cinco quarto com camas e guarda roupas simples. Fui até a cozinha me sentando numa cadeira á mesa comprida de madeira e a minha mãe aproximou do fogão a lenha tirando o café quente dali me serviu. Todos me rodeando e falando ao mesmo tempo, tentando puxar conversa com os meus filhos que comiam á mesa bolo e biscoitos feitos por minha mãe! Aquele lugar estava diferente de quando vivi ali! Tinha muita comida e alegria! Todos estavam bem e feliz me redoando e aos meus filhos! Percebi que somente a Clara que estava meio que tímida e estranha e mais tarde descobrir por qual motivo! Depois que meu pai me mostrou toda casa, os animais, a plantação e tudo, sentei-me e fiz a pergunta olhando para a minha irmã com dentes já estragados e muitos filhos: __Quem foi o felizardo que te deu esses lindos filhos? Ela me olhou timidamente e foi meu irmão quem respondeu: __Clara amigou com o Joseph. Pobre infeliz que só sabe parir. Ele trabalha com o nosso pai ainda. Fingir naturalidade! Joseph se casou com a Clara que era somente uma menina e ele já rapaz! Tomei café e continuei conversando com todos observando as crianças da Clara tentando puxar assunto com os meus filhos que antes só brincavam com filhos de gente rica. A noite chegou e depois de dar banho nos meus filhos no banheiro que ficava conjugado com a casa na varanda dos fundos e jantamos, fomos para a varanda da casa. Vi os filhos da Clara chamando os meus filhos para brincarem. Olhei para os meus filos e falei: __Vão brincar com eles. Vocês vão amar! Eles foram brincar com as outras crianças que seguraram nas mãozinhas da minha filha com carinho! Mais tarde, minha filha já estava toda a vontade e brincando de roda, de fazer fogueira, de assar batatas no fogão a lenha e brincando feliz! Meu filho brincava com os meninos. Conversava com os meus pais e eu sentada na cadeira na varanda e o meu pai sentado no chão próximo do degrau da varanda cortando fumo para fazer um cigarro. Quando vi um homem montado num cavalo aproximando. Reconheci de imediato quem era o homem! Joseph desceu do cavalo e andou batendo as esporas nas botas. Vestia calça surrada velha com uma camisa rasgada. Estava muito abatido e tinha envelhecido! Aproximou subindo os de gruas e entregou um saco para o meu pai dizendo: __Não encontrei fumo bom na cidade seu João e por isso comprei pouco fumo. Eu pai respondeu: __Fez bem. Ele terminou de subir e quando me viu sentada na cadeira, não me reconheceu. Ia entrar, mas meu irmão o fez voltar: __Não vai cumprimentar Gabriella Joseph? O homem voltou! Olhou-me de cima a baixo com olhos arregalados: __Gabriella! Dei um meio sorriso respondendo: __Olá Joseph. Ele ficou muito nervoso com os olhos grudados na nova e linda mulher que se tivesse ficado, tinha se transformado numa feia mulher com dentes estragados cheia de filhos! Voltei à cabeça para o meu pai e disse: __Vamos à cidade amanhã papai? Joseph saiu percebendo que eu não lhe dei atenção e entrou Clara seguiu o homem. Papai falou: __Vamos sim minha filha. Continuamos conversando e ninguém me fez nenhuma pergunta e nem tocou no nome do homem que eu fugi com ele. Na manhã seguinte, fomos à cidade no carro muito velho do meu pai e aluguei um carro novo, fazendo muitas compras de mantimentos, roupas para as crianças de Clara e brinquedos que elas não tinham. Comprei muitas coisas e voltei no carro que aluguei com os meus filhos e papai logo atrás dirigindo o seu velho carro. Quando entreguei tudo que comprei para os filhos de Clara ela me olhou, e agradeceu! As crianças ficaram felizes com os brinquedos e roupas novas, pois só tinha roupas velhas como eu quando vivi ali! Joseph não conseguiu ser um doutor e continuou ali trabalhando com o meu pai e ganhando a comida como pagamento e alguns trocados. Encheu a minha irmã de filhos e nada conseguiu dar para ela! Ele me olhava com aqueles olhos de quando me olhava alguns anos atrás e eu nem olhava na sua direção! Meus filhos começaram a curtirem aquela vida simples de roça e soltavam gargalhadas de tanta felicidade! Minha filha observando a bondade e humildade de todos se tornou como um de nós e brincava até anoitecer com os filhos de Clara e todos que amavam os meus filhos! Uma semana ali e a vida ficou diferente e feliz para os meus filhos! Estava sentada na varanda conversando com o meu pai. Lembrei-me do celular e coloquei-o para carregar, pois ali já tinha luz elétrica. Eu não sabia como os meus pais conseguiram mudar de vida e nem perguntei. Só queria gozar da felicidade ao lado deles que não tive oportunidade antes! Levantei e peguei o celular voltando a sentar na cadeira observando meus filhos correndo pelo quintal com as outras crianças. O celular tocou. Meu pai me olhou rapidamente tirando os olhos. Parecia saber quem era. Atendi e Hugo falou estranhamente: __Oi. Respondi: __Oi Hugo. Ele respondeu com voz doce: __Te amo. Meu coração disparou! Meu corpo começou a tremer como na primeira vez que eu o vi! Falei quase gaguejando: __Eu também. Ele pediu: __Me deixa falar com as crianças. Chamei as crianças que vieram gritando o nome do pai e a menina atendeu primeiro: __Oi papai. O homem ficou conversando com a filha que contava tudo que viveu no sítio sem tomar fôlego! Dizendo que brincava demais, contando que andou a cavalo e muitas coisas sem deixar o pai falar! Quando foi a vez do menino que antes era calado, até eu assustei com ele falando e falando contando tudo que fez com os dois filhos da minha irmã e falou de um rio maravilhoso e que ele tomou banho no rio! O menino nem sabia que aquele rio era muito conhecido pelo pai e que foi ali que nasceu uma relação que o fez vim ao mundo! Fiquei muito emocionada ouvindo o meu filho falar do rio com muita alegria! O menino me entregou o celular! Hugo falou: __Depois de amanhã estarei aí. Meu coração disparou! Ele vai vim! "pensei"! Meu corpo tremeu todo de tanta felicidade! Falei: __Tá bom. Estamos te esperando! Ele desligou o telefone. Fiquei muito feliz em saber que ele viria! Naquela mesma noite, fizemos uma fogueira no quintal e assamos batata doce e milho verde e comemos todos alegres e conversando! Eu com os olhos brilhando de tanta felicidade de saber que ia ver o meu amor! Sentia o olhar de Joseph sobre mim o tempo todo e o olhar triste da minha irmã sobre ele! Fomos dormir bem tarde e quase o dia amanhecendo! Eu dormir até às duas da tarde de tão cansada de curti com a minha família e só acordei ao ouvi um carro lá longe na estrada! Mesmo vestida somente pijama de dormi levantei e corri para frente da casa com os meus filhos! A gente olhava para o carro luxuoso lá longe vindo em nossa direção e gritávamos de felicidade pulando! Virei o corpo e vi um homem em pé segurando rédeas do cavalo e me olhando tristemente! Virei novamente o corpo e olhei para a estrada! Eu fiz a coisa certa em fugi dali! Lá estava o meu grande amor da minha vida que eu queria envelhecer ao seu lado! Lá estava o homem que fez de mim gente! Lá estava o homem que mudou o meu destino e a minha vida! O carro aproximava cada vez mais levantando poeira! Um carro que chamava a atenção até de gente rica de tão caro e lá dentro estava um homem lindo e muito elegante! Carro aproximou. Meu filho correu para abrir a porteira! O carro parou do lado da casa e eu corri em direção dele como uma criança feliz! Ele abriu elegantemente a porta do carro e desceu! Meus filhos agarraram ao pai gritando: __Papai!
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR