Capítulo 102

672 Palavras
Caroline Matolly Narrando - Estava conversando com a Luana quando vi os fogos estourando no céu. Fiquei andando de um lado para o outro totalmente desesperada, ao ponto de ir atrás deles. Dessa vez eu senti que era o Antônio, ele estava muito quieto e sendo quem é, isso me trás desespero. Quando o Diego chegou com o VT fiz minhas exigências, eles não conhecem o delegado, eu conheço e sei que ele não irá sair daqui sem mim, nem que pra isso ele precise usar qualquer pessoa. - Fomos para o cofre e eu escutei toda a invasão pelo rádio, me segurei muitas vezes para não chorar ou sair xingando todo mundo pelo rádio. Quando falaram no rádio "pegaram o chefe, caralho." Ai meu mundo parou, eu me vi desesperada, fiquei fora de mim e imaginando diversos cenários na minha cabeça, precisei pensar e agir rápido. Esse rádio é um Maria zero, ele tem 16 frequências, fui pulando as casas até que encontrei a frequência única com o VT e mandei ele vir aqui. Fiz tudo o que precisava fazer e vim pra Penha, não esperei para ver se iriam soltar ele. Mas a Roberta, esposa do Torrá disse que já liberaram ele. Estamos aqui na casa dela, só de saber que ele está solto já fico aliviada. - Eu não o julgo por ele ter agido na emoção, teria feito o mesmo ou até pior só para protegê-lo. Agora eu entendo quando ele diz sobre ter um ponto fraco, as pessoas usam isso contra você e você fica vulnerável. Somos o ponto fraco um do outro, mas entre nós isso não vai existir, seremos o ponto forte um do outro. Nosso amor é real e ultrapassa todas as barreiras, ninguém nunca vai tirar isso da gente. - Sei que eu não estando lá ele vai ser o Digão do Alemão, o temido por todos. Vai dar certo, eu sei que vai. Alguém precisa parar o Antônio, ele não pode agir assim comigo pra sempre, eu não sou prioridade dele, sou sua filha. E ele tem que respeitar minha vida e minhas escolhas, a gente não decide por quem vai amar, não escolhemos isso. E sendo sincera, mesmo que eu pudesse escolher, seria ele. Pra sempre vai ser ele, o amor da minha vida. Ele me trouxe uma vontade de viver que eu nunca tive, ele me faz sentir viva, amada e respeitada. Em tão pouco tempo, ele fez por mim o que na vida inteira, ninguém fez. - Luana está extremamente nervosa, ainda mais porque é aniversário do VT amanhã, a cabeça dela deve tá um caos. Se essa é a vida que escolhemos, ser mulher de quem somos. Infelizmente temos que ser mais frias, mesmo que isso pareça praticamente impossível. Estou de um lado pro outro na casa da Roberta orando para que tudo fique bem. Luana: Amiga, será que está tudo bem? Eu não consigo ficar calma. Caroline: Vamos pensar positivo. O pior já passou, o Digão está livre. Luana: Não consigo ficar tranquila, eu to com dor de barriga do tanto que estou nervosa. Caroline: Amiga, eu já nem sei mais o que eu to. Roberta: Meninas, vocês tem que ficar tranquilas. Se esses são os homens que escolheram, essa bagagem vai junto com eles. Invasões, tiroteio, piranhas e marmitas. É um combo completo hahahahah não adianta se desesperar, é pedir para que o maior lá de cima proteja, cuida e guarda eles de todo m*l. Temos que ser fortes por eles. Afinal, não temos muitas opções. Luana: Verdade, mas sendo sincera. Não sei se tenho disposição pra isso, estou quase arrancando meus cabelos. Caroline: E eu to quase indo pra guerra. Roberta: Depois acostuma, porém a preocupação sempre será a mesma. Já fiz loucuras pelo Torrá, até trocar tiro. O que a gente não faz por amor né? - Ficamos conversando e por um momento consegui ficar mais tranquila e a Luana também, o que agradeço. O nervosismo dela estava me deixando pior do que tudo.
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