Bia narrando
A boate tava pegando fogo. Cada canto brilhava sob as luzes neon, o grave do som fazia o chão tremer, e a energia da galera vibrava no ar como uma corrente elétrica. A pista tava cheia, os camarotes ferviam, e os bares não paravam nem por um segundo. Cada detalhe, cada movimento, tinha minha mão ali no comando.
— Vinícius, atualiza o estoque do bar principal. Não quero ver fila parada. — falei no rádio enquanto caminhava firme pelo corredor dos camarotes.
— Já tô na função, chefe. — a voz dele respondeu abafada, mas firme.
Desci até o bar principal, passei o olhar rápido pelas comandas e chequei os vapores que circulavam discretamente pelo lugar. Tudo no esquema. As entregas estavam rápidas, os olhares atentos, e não tinha sinal de ninguém suspeito na pista.
— Patrícia,
