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872 Palavras
VIOLETTA — O que você faz aqui? — Mamãe... — Não me chama de mãe, sua desgraçada. _Ela me empurrou. — Some daqui, eu já disse para desaparecer da minha vida, sua c****a. Seu ódio por mim persistia tamanho. — Eu só queria ver minha irmãzinha... Por favor, não me n**a isso. _Juntei as mãos na boca, implorando. — Por favor, mamãe... Ganhei um t**a forte no rosto e imediatamente levei as mãos até onde queimava. — Você é uma cachorra miserável. Como ousa a aparecer aqui depois de tudo que me fez? Você é uma p*****a suja. Desaparece. _Esbravejou amarga, tornando a me empurrar. — Nunca mais apareça na nossa vida. Finja que não nos conhece, você não tem mais família. É uma infeliz e merece viver sozinha. _De novo, me empurrou com violência e eu cai ajoelhada no chão. — Por que a senhora é assim comigo? _Foi um desastre tentar segurar as lágrimas, elas escorregam pelo rosto. — Como ousa a perguntar? Você sabe muito bem o que fez. Você destruiu a minha família. Eu amaldiçoo o dia em que te dei a vida. Humilhada, abaixo os olhos, fitando a grama do chão e chorando. Eu nunca fiz nada. — Irmã? Com tudo, virei-me e vi minha irmãzinha de 7 anos na porta. — Briana. _Sorrio em meio as lágrimas. Minha mãe, vendo que ela correria para me abraçar, foi mais rápida e a arrastou para dentro de casa, batendo a porta com brusquidão. Sim, a minha mãe me odiava. E eu nunca fiz absolutamente nada. Nunca. *** Vendo-o na calçada, não acredito pelo horário tardio, que realmente seja o carinha que tenho que dar um perdido. 23 horas da noite. Rapidamente, desço o vidro do carro e olho ao redor, percebendo que quase não tem pessoas na rua. E é ele mesmo. Escondo a minha arma e desço a mão na buzina, chamando-o com a mão. Noto do retrovisor que ele vem e segura uma pequena caixa. — Não está com frio? _É a primeira dúvida que me paira ao vê-lo de camiseta fina em um tempo tão chuvoso. — Você? _Pareceu desanimado. — Boa noite. _Me deu as costas. — Eu compro seus doces. _Gritei e ele paralisou por alguns segundos e se virou, voltando para perto do carro. — E a sua glicose? — Vai bem, obrigada. _Digo e no mesmo instante começa a chover muito forte, tão forte que em poucos segundos o homem está um pirão molhado. — Entra no carro. — Não acho que seja prudente. — Como é? _Estou incrédula. — Eu não conheço a senhorita e não confio em você. Caralho. Não posso nem mais querer ser amiga do meu alvo. Abruptamente, agarro na sua camiseta e o puxo, perdendo o sorriso. — Você vai estragar seus doces. Aproveita, seu vagabundo, que eu estou tentando ser gentil com você. _Rosno, entredentes, sem paciência. — Me solta. _Tentou desvencilhar e acabou rasgando a camiseta ao meio, revelando seu peitoral bem desenhado. Eu molho os lábios. As gotas da chuva pingava em seus ombros e descia, fazendo um lindo caminho por seu abdômen. O desabado até que tem um abdômen sarado. Isso é inquestionável. — Entra no carro. — Eu não vou entrar. _Foi irredutível e saiu andando pela avenida. Droga de homem teimoso. Ligo o carro e o sigo. — i****a, você vai ser atropelado. — Eu não confio em você o suficiente para atender seu pedido e entrar no carro da senhorita. _Explicou e eu fiz careta Um trovão se fez presente e eu me assustei, freando o carro com violência e gritando pelo impacto do movimento. Segundos depois, o procurei na rua e ele não estava e quando olhei para o lado, me senti em um filme de terror com sua mão espalmada no vidro molhado do meu carro. Ave Maria! Observa o tamanho dessa mão. As pressas, destravei a porta e ele entrou. — Desculpa, sou um tanto mimada e gosto das coisas do meu jeito. _Virei o volante, alinhando os pneus do carro. — Pode ficar tranquilo. Eu não vou te m***r. _Ainda. — Vai querer mesmo os doces? — O que você tem aí? _Perguntei, colocando o carro em movimento. — Pudim e brigadeiro. Acabou os bolos no pote. — E quantos tem? _Aciono o parabrisa. — Quatro pudim e todos os brigadeiros, ninguém quis brigadeiro hoje. — Você é um homem sortudo. Porque eu quero os seus pudinzinhos e seus brigadeiros. _O olhei. — Quero tudinho. _O fitei, arrastando o olhar por seus braços. — A senhorita é estranha. — Não discordo. Onde você mora? _Questiono. — Não muito longe daqui. Você pega a estrada e vai reto, vira duas vezes a direita e desce uma ladeira. Moro em uma rua sem saída. _Contou. — Vai me levar até em casa? — Se importa? _Elevei uma sobrancelha. — Não. A senhorita rasgou minha camiseta, é o mínimo que deve fazer por mim. Cresço os olhos, gargalhando. Tadinho dele, é inofensivo. — E as calças? — O que tem minhas calças? O encaro diretamente nos olhos, querendo ser fatal. — Quer que eu rasgue também? Ele se encolheu, ruborizando. Um homem desse tamanho envergonhado. Como pode isso?
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