Capitulo 6- Sobremesa

961 Palavras
Vejo Andrew andando de um lado para o outro no hall do prédio, franzo meu cenho me segurando para não rir. Talvez eu esteja com pena do seu enorme nervosismo. - Ei! - Chamo a atenção do pai do meu bebê.– Relaxa. - Quais são as chances de eu ser espancado pelo seu pai? - Dou de ombros sem sabre.– Ótimo! Dou risada e então pego a mão se André, o fazendo parar, ja que estava quase me deixando deixar zonza. - André, meus pais não são monstros, não vão te matar.– Olho em seus olhos.– Eles vão ficar suspresos, mas vão aceitar e talvez até fiquem animados.– O conforto.– Só respira fundo e relaxa, imagine que esta indo jantar com amigos e não com os pais da garota que está grávida se você. - Tudo bem.– André respira fundo tentando relaxar.– Vamos. Andrew começa a andar, mas eu puxo sua mão e estico a minha livre, esperando que ele me desse a chave do carro. - O que? - Pergunta sem sentido. - A chave, eu dirijo. Andrew sorri. - Eu estou bem para dirijir.– Permaneço com a mão esticada, o moreno revira os olhos e põe a chave na minha mão se dando por vencido.– Ótimo, com medo dos seus pais e agora não consigo nem dirigir. Claro que eu rio, por mais que ele não merecesse, a situação esta demais demais pra eu não soltar uma risadinha. - Andrew, para de drama.– Reviro os olhos o puxando. Fui o caminho inteiro respondendo perguntas sobre como meus pais eram, o que eles gostavam, o que eles faziam, o que fazer e o que não fazer perto deles. Foram tantas perguntas que eu já estava perdida, sem rumo e com um pique inexistente para esse jantar. Estacionei o carro na frente da casa dos meus pais, observar o corolla azul escuro com detalhes em prata a nossa frente e tentei me lembrar que possui esse carro, mas infelizmente nenhum nome me veio a mente. - Preparado? –Olho para o meu acompanhante que esta palido ao meu lado.– André, vai dar tudo certo. Ele assente, ainda amedrontado e sai do carro, rio baixo e o acompanho. Espero ele se posicionar ao meu lado, pego sua mão esquerda e o encaro ao senti-la fria e suada. Começo a me sentir nervosa, não sabre a reação dos meus pais me apreensiva. Respiro fundo tentando passar segurança para Andrew e então começo a andar - quase puxando Andrew - em direção a porta. Olhar a madeira escura com uma guirlanda cheia de flores me lembra a minha infância, onde eu ficava feliz em brincar aqui fora enquanto minha mãe pendurava uma dessa, ela sempre teve uma para cada estação, a minha favorita era a de inverno, por causa das referências de natal.  Penso que passarei o natal com uma terceira pessoa, uma que cresce dentro de mim e meu coração se aquece batendo mais forte. Dou dois toques na porta e segundos depois ela aberta, mostrando minha mãe, dona Ruth, vestida com um de seus costumeiros vestidos colados no corpo, — um azul dessa vez— e uma sapatilha marrom nos pés. Os cabelos castanhos claros bem presos em um perfeito coque. Ela me abraça forte e então vejo seus olhos se iluminarem ao olhar para o homem gato ao meu lado, se eu pudesse ler seu pensamento garanto que seria algo como "ela esta namorando. Ela esta namorando e é um homem gato. Ela esta namorando um homem gato e veio apresenta-los a nós" sinto que a decepcionarei. – Olá!– Minha mãe diz carismática para Andrew.– Sou Ruth. – Andrew.– Ele diz timidamente esticando a mão para cumprimenta-la. Inesperadamente minha mãe o abraça, surpreendendo a nós dois. - Luana não me contou que traria mais alguém, entrem.– Minha mãe do espaço para entrarmos.– Seu pai está na sala, e ansioso para te ver. Quando ia perguntar de quem era o outro carro na frente de casa eu o vejo, Dylan Suck ... Dylan foi meu melhor amigo, talvez sejamos apenas amigos hoje, mas durante toda a minha infância e adolescência ele foi o rapaz por quem eu me derretia e para quem eu contava os meus segredos. Faz anos que eu não vejo, depois da escola ele foi para Boston, fazer faculdade lá, eu não sabia nem que ele tinha voltado. - Olhe quem eu chamei para o jantar.– Minha mãe diz animada e sorridente por Dylan estar aqui também. Me limito a acenar para ele por enquanto. Me direciono ao meu pai, o calha forte, assim que me afasto de seus braços olho Andrew, sutilmente encolhido. - Pai, esse é o Andrew.– Meu pai semicura os olhos analisando o pai do meu bebê.- Andrew, esse é o meu pai, Kennedy. Me afasto um pouco, esperando algum ato dos dois, e para a minha surpresa meu pai sorri abertamente mostrando suas rugas e puxa Andrew para um abraço. E então, finalmente me viro para Dylan, que tem estampado no rosto um sorriso contido. O rapaz— que agora aparenta estar mais bonito do que quando foi para Boston— se levanta e abre os braços, me aproximo dele o habilite. - Quanto tempo Lulu.– Ele diz baixo me fazendo rir. - Muito Dy.– Levanto minha cabeça e o encaro. Me afasto aos pouco, voltando a ocupar o lugar ao lado de Andrew. - Andrew, esse é o Dylan meu amigo de infância ...– Entre eles rola apenas um aperto de mãos e um sorriso contido.– Dylan, esse é Andrew, meu ... Olhares curiosos dos meus pais e de Dylan me cercam, esperando que eu diga meu grau de parentesco com Andrew, mas Deus tem piedade de sua filha e um timer vindo da cozinha começa a apitar incessantemente. - O jantar está pronto! - Minha mãe diz se levantando. Todos nós a seguimos para uma sala de jantar. O jantar esta pronto, mas considerando que eu estou gravida de André sem ao menos ser sua namorada, garanto que uma sobremesa sera ele.
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