Estrada, Orgulho e Silêncios

1330 Palavras

Quando o Gil entrou na sala e avisou que o velho Anselmo, dono da loja, tinha escolhido a gente pra representar a loja numa visita à filial de Londrina, eu tive certeza que alguém lá em cima tava me testando. — Eu e quem? — perguntei, já sabendo a resposta. — Você e a Leila — ele confirmou, com o sorrisinho de quem sabia o caos que vinha. — Gil, fala sério, cara. — Apoiei as mãos na mesa. — Três horas de estrada com essa mulher no mesmo carro? — Quatro — ele corrigiu. — E no carro da empresa. Ela dirige. Pronto. A humilhação completa. Até o volante ia ser dela. — Ah, ótimo — ironizei. — Vai ser um passeio maravilhoso, então. — É pra alinhar as operações da filial, Beto. O velho confia em vocês. E, quem sabe, vocês aproveitam pra se entender. “Se entender”. Do jeito que a gente v

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