Kaila não sabia como era a Esfera, ninguém que conhecia conseguiu entrar nela. Havia boatos de que fosse uma cidade com prédios imensos e pessoas felizes, diferente do ar cansado e envelhecido do povo do deserto. Era isso ao menos o que a sua mãe falava sobre lá. Ela, que jamais saíra de perto do seu clã. Abriu o registro da torneira da banheira, a tinta da louça descascada por causa da ferrugem. O primeiro jato tinha a coloração da terra, um pouco mais claro, diluído que estava na água. O cheiro também era o de terra. Depois, à medida que a água saía, o líquido foi afinando e clareando até se tornar incolor. Tirou o vestido, pesado de sujeira, e a calcinha. Deitou na água fria e quase sorriu de felicidade, era como braços refrescantes lavando a pele castigada pelo sol e pela poeira, alé

