Bruna narrando
Ele ali na minha frente… e a gente gritou. Gritou como dois teimosos que se amam tanto que dói. A sala virou campo de guerra. E cada palavra dele era um tiro no meu orgulho, cada frase minha era um soco no peito dele.
— Tu acha que eu sou o quê, hein, Bruna? Um moleque qualquer? — ele gritou, com o peito inflado, a veia do pescoço saltando.
— Eu acho que tu se comportou como um! — gritei de volta, levantando do sofá. — Eu tava lá, c*****o! Eu vi aquela vagabunda passando a mão em você! TU ACHOU QUE EU IA FICAR CALADA?
Ele passou a mão no rosto, virou de costas por dois segundos, e quando virou de novo, os olhos estavam vermelhos, mas não era raiva. Era dor.
— Tu sabe o quanto eu te amo, p***a… — ele falou num tom mais baixo agora. — E mesmo sabendo disso, tu me bateu na
