Capítulo 29

988 Palavras

O tempo se arrastava. Os dias no cativeiro pareciam idênticos, separados apenas pela dor crescente e pela sensação de impotência que consumia Elisa. A barriga, levemente mais arredondada, era a única prova de que o mundo lá fora seguia passando. Cada movimento da bebê em seu ventre era um lembrete: ela precisava resistir. Por Luna. Na terceira semana de cárcere, Constanza entrou no quarto com um sorriso frio e um copo de chá fumegante. Usava um blazer branco impecável, os cabelos presos em um coque milimetricamente arrumado. Sentou-se à beira da cama com um ar quase maternal. — Está mais inchada. A gravidez está avançando bem — disse com um falso tom doce. — Que bom. Sabe, talvez a pequena venha bonita como você… ou fria como eu. Elisa virou o rosto, mas Constanza o segurou com força p

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