A madrugada caiu pesada como um véu de chumbo sobre a cidade. Dentro da casa, tudo parecia silencioso demais, como se o tempo tivesse congelado em um ponto onde o medo e a dúvida coexistiam. Elisa não conseguia dormir. Virava-se de um lado para o outro na cama, mas sua mente não desacelerava. Dominic dormia ao seu lado, respirando com calma, mas mesmo seu sono parecia inquieto, como se soubesse, em algum lugar dentro de si, que algo estava prestes a desmoronar. Elisa se levantou devagar, os pés descalços encontrando o frio do chão. Caminhou até a sala, onde Luna dormia tranquilamente no berço portátil. No corredor, a porta entreaberta do quarto de Gael deixava escapar uma luz suave. Ela se aproximou, espiando o filho, que dormia com o braço sobre um livro de dinossauros e a boca entreaber

