ombra
A semana começou tranquila demais. O céu estava claro, o café da manhã com cheiro de pão fresco, e Gael não parava de falar sobre um desenho novo que tinha descoberto. Dominic, sentado à cabeceira da mesa, observava a cena com olhos atentos — mas por dentro, ele estava tenso.
A rede de vigilância que montara estava ativa vinte e quatro horas, mas ele sabia: inimigos inteligentes não atacavam quando estavam sendo esperados. Eles se aproximavam devagar. Como cobras. Como a mãe dele.
— Tô indo pra escola! — gritou Gael animado, correndo até a porta com a mochila nas costas.
— Espera o segurança, filho — alertou Elisa, surgindo com um pote de frutas na mão.
Gael bufou, mas esperou. Dois homens altos, discretos, já estavam na porta do carro blindado. Dominic entregou o menino com um
