Capítulo 36

1380 Palavras

O relógio marcava quase quatro da manhã quando Elisa se levantou pela terceira vez naquela noite. Caminhou até o quarto vazio ao lado do seu, onde deveria estar Luna. As paredes cor-de-rosa, o berço recém-montado, o móvel com fraldas organizadas em fileiras. Tudo estava intacto. Intocado. Ela se aproximou do berço com passos lentos, os braços cruzados sobre o peito nu. Olhou para o espaço vazio onde deveria estar sua filha e sentiu, mais uma vez, como se metade do seu coração ainda estivesse arrancado. — Onde você está, meu amor… — sussurrou, os olhos cheios d’água. Seu corpo ainda carregava os resquícios do parto. As marcas físicas se tornaram cicatrizes emocionais que pareciam não cicatrizar. Às vezes, o leite ainda descia, e a dor nos s***s vinha junto com o choro silencioso. E era i

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