O segundo dia começou com a mesma disciplina silenciosa que Jean impunha. Isadora acordou antes do toque do alarme, o corpo tenso, mas consciente de que qualquer hesitação seria observada. Ele estava na cozinha, preparando café. O cheiro forte e amargo preenchia o ar, mas não havia calor, nem acolhimento: apenas ordem.
— Levante-se — disse Jean sem se virar, cada palavra carregada de expectativa e comando. — Café pronto.
Ela obedeceu, sentindo o olhar dele atravessando suas costas, penetrante, avaliador. Cada gesto dela era registrado: a forma como se sentava, como segurava a xícara, como mexia a colher no café. Jean fazia perguntas pontuais, quase testes:
— Dormiu bem? — perguntou, sem suavidade, mas com um tom que exigia precisão.
— Sim. — respondeu ela, firme, embora a voz saísse le
