ALICIA NARRANDO.
— Eu não posso Caio. — Sussurrei ao sentir a mão dele no meu pescoço.
— E, porque não? — Ele respondeu me virando de frente para ele.
— Acredita, é complicado demais para você saber.
— Eu gosto do perigo Alicia, me fala. — Ele disse aproximando a sua boca da minha.
Ali naquele momento, eu senti como se houvesse borboletas no meu estômago, as nossas bocas se encaixaram e de repente a língua dele invadiu a minha boca. O gosto de whisky misturado com charuto, eu nunca tinha sentido algo dessa forma. Uma eletricidade percorreu pelo meu corpo, interrompi o beijo com alguns selinhos.
— Eu preciso ir embora, não poderia nem estar aqui.
— Fica comigo, eu te levo para casa depois.
— Eu realmente não posso ficar, me desculpa. — Respondi soltando a sua mão.
Não dei tempo de resposta, desci as escadas daquele camarote correndo, me envolvendo no meio da multidão. Sai correndo daquela boate, atravessei a rua e entrei no carro tentando recuperar o ar.
— Está tudo bem? — O motorista perguntou quando me viu entrar no carro.
— Sim, só estava muito cheio e abafado, por favor vamos para casa.
Ele ligou o carro e saiu. Abaixei o vidro do carro para respirar e tentar entender o que realmente aconteceu, fui o caminho inteiro respirando fundo e soltar o ar devagar, o beijo daquele homem não iria sair da minha cabeça, não tão fácil assim. Ele me queria, me desejou sem ao menos me conhecer e isso faz tanta diferença para mim. Quando o carro parou em frente a minha casa, eu ainda estava perdida em meus pensamentos.
— Já chegou. — O motorista falou.
— Obrigada.
Eu tirei a minha sandália, peguei a minha bolsa e entrei para casa. Para o meu desespero, o meu pai estava acordado.
— Onde você estava? — Ele me perguntou.
— Resolvi sair, precisava esfriar a cabeça.
— Você não pode sair e fazer o que quer Alicia, tem pessoas lá fora que pagariam um valor muito alto para ter a sua cabeça.
— Nessa altura do campeonato até que não seria r**m morrer.
— O que você disse?
— Nada, esquece.
— A propósito, já que você está aqui, já irei dar a notícia que iria dar pela manhã.
— Que noticia?
— Você irá se casar.
— Não acredito, já não bastou a história com o Leonardo? Vai querer me fazer passar vergonha novamente.
— Dessa vez você não irá passar vergonha, fique tranquila.
— Fique tranquila? Como irei ficar tranquila depois do que passei há alguns meses pai, como você vai garantir que não vai acontecer a mesma coisa do que aconteceu com o Leonardo?
— Porque agora você vai casar com o filho do Dom.
— O filho do Dom? Pai, você só pode estar ficando louco. — Eu gritei.
— Fale baixo, a sua mãe está dormindo e você sabe que ela não está nada bem.
— O que está acontecendo aqui? — A minha mãe apareceu no alto da escada.
— Viu, está satisfeita? — O meu pai indagou.
— O que está acontecendo aqui mãe, é que o meu pai ficou louco, vai me casar com o filho do inimigo.
— Foi o Dom que procurou o seu pai para uma conversa Alicia, você não irá correr perigo.
— Como não? O que vocês pensam que estão fazendo com a minha vida? Será que vocês não me amam o suficiente para entender que isso é uma loucura.
— É por te amar Alicia, que nós fazemos isso, queremos ver você bem e com uma família estruturada. — O meu pai disse se aproximando de mim.
— Eu odeio vocês, vocês estão acabando com a minha vida.
— Alicia respeite o seu pai, nós apenas queremos o melhor para você.
— E eu sei que melhor é esse. — Respondi e virei as costas subindo para o meu quarto.
— Alicia vem aqui, nós ainda não terminamos de conversar.
— Alicia, Alicia vem aqui.
Eles ficaram me gritando, eu entrei no me quarto e bati a porta.
— Como podem falar que me amam, como eles vão me entregar para alguém que até poucos dias queria a cabeça do meu pai.
Fiquei chorando enquanto andava de um lado para o outro, sabendo que eu não tinha saída ou escolha para isso, eu precisava aceitar o meu destino e ponto.
Tirei a roupa, liguei o chuveiro e entrei de baixo, enquanto á água caia sobre mim eu fiquei lembrando do gosto do beijo do Caio e do calor que ele me fez sentir.
— Poderia ser tão simples, eu poderia me casar com a pessoa que eu fosse me apaixonar.
Depois que sai do chuveiro, eu fiquei pensando nas semanas que chorei por causa da vergonha que o casamento com o Leonardo tinha me feito passar e só de pensar que eu poderia viver isso novamente já fazia os meus olhos se encherem de lágrimas novamente.
— Fica calma Alicia, talvez dessa vez dê certo.
Visto um pijama, deito na cama e sinto o meu celular vibrar na mesa que fica ao lado da cabeceira da minha cama. Era uma mensagem e o que me surpreendeu foi o dono dela.
— Porque saiu correndo? Tem medo de mim? — Era o Caio.
— Como você conseguiu o meu número? — Respondi.
— Acredite, eu posso conseguir coisas que você nem acredita.
O meu coração quase saiu pela boca, eu não sabia o que responder, fiquei olhando para a tela do celular mordendo os lábios com o beneficio da duvida de que se eu realmente deveria responder.
— Por favor, acho melhor você não me mandar mais nenhuma mensagem, sou uma mulher comprometida. — Respondi e desliguei o meu ceular
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Aut.GabiReis , acesse o link na bio e entrem no nosso grupo de leitoras para receber fotos dos personagens e spoilers quentinhos.
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