prisioneira

2056 Palavras
Kate narrando No caminho os três homens foram falando de sei lá o que, até chegarmos em uma propriedade enorme com uma mansão enorme e que nem em milhões de anos de trabalho eu conseguiria comprar Ao estacionar o carro Zayn e o outro saíram deixando eu e Kalil no carro, que com a ajuda de uma navalha fui liberta das amarras e da mordaça – seja obediente ou então eu volto a te amarrar e dessa vez vai ser duradouro_ falou me olhando seriamente – por acaso você acha que pode me dar ordens?_ falei incrédula – eu não só posso, como o farei, e então é melhor se acostumar com isso e me obedecer_ saiu do carro e me puxou para sair – eu não sou sua prisioneira_ falei irritada – pois bem sinto em informá-la que sim você é minha prisioneira e fará tudo que eu mandar_ foi me arrastando para dentro da mansão – você está me machucando_ tentei me soltar – tanto faz_ falou com desdém e me arrastou até um quarto me deixando lá_ se comporte ou haverão consequências_ falou sério e saiu batendo a porta com força – que droga, eu não sou prisioneira de ninguém, eu não sou_ falei irritada_ ME DEIXA SAIR DAQUI SEU i****a_ gritei e bati uma única vez naquela porta com raiva, mas acabei machucando minha mão_ merda_ xinguei baixo balançando minha mão, então duas batidas soaram e a porta foi aberta – olá senhorita Katherine, eu sou a Luna e vim aqui para ajudá-la_ a mulher que aparentemente tem a mesma idade que eu falou com um sorriso fraco no rosto – poderia me ajudar a sair daqui?_ cruzei os braços e arquiei a sobrancelha – isso é impossível, ninguém o faria, ninguém ousaria questionar ou desobedecer o Capô Collins_ falou olhando para baixo – como assim capô? tá zoando com a minha cara?_ falei seria – longe de mim fazer isso, ele é o capô da máfia rolletio e_ a interrompi – es-espera aí, máfia?_ falei amedrontada – eles não falaram nada pois não?_ balancei a cabeça negando – não é como se aquele brutamonte tivesse me dado alguma explicação enquanto me amordaçava, amarrava e ameaçava_ falei sarcástica – ok, deixa eu tentar resumir, o senhor Kalil é o capô da máfia rolletio, uma das maiores organizações mafiosas do país, os seus pais a Franciele e o Greg eram pessoas influentes pois seu pai era capô da máfia Valvert que hoje tem como capô seu primo pois seus pais só tiveram você como filha e não um homem me entende?_ assenti_ então quando você nasceu muitos quiseram que se casa-se com os seus filhos porém seu falecido pai e o falecido capô Collins já tinham uma aliança e você terá que se casar com ele para firmar a aliança, pois acima de tudo você ainda é uma Valvert de sangue puro_ explicou – espera aí, recapitulando você tá dizendo que eu vou ser obrigada a me casar por uma aliança que eu nem faço ideia?_ falei incrédula – eu sei que para a senhorita isso é banal mas se tivesse vivido nesse mundo saberia o quão importante isso é_ falou calmamente_ porque sabe essa aliança entre Valvert e rolletio teve origem a muito tempo mas outros capôs decidiram quebra-la e quando o fizeram muita gente inocente morreu inclusive a minha mãe, então eu sei que pode parecer egoísmo demais mas isso será por um bem maior, seus próprios pais morreram por essa decisão que eles pensaram ser melhor para todos_ argumentou – melhor para a máfia, não para todos, porque não é o melhor pra mim_ falei irada_ eu vivi toda a minha vida sozinha, aprendi a me proteger, conquistei minha própria liberdade e de repente em um piscar de olhos sou tirada tudo, e ainda tenho que me casar com um brutamonte que pensa que pode mandar em mim e que eu serei um pião dele? ah me poupem nem_ suspirei irritada_ olha Luna, eu sei que isso pode ser importante para vocês mas eu não posso ajudar ok, se eles querem manter uma aliança, que mantenham mas me deixem fora disso, eu não vou me casar com um cara que m*l conheço a troco de nada, eu vou sair daqui_ falei convicta – você não vai conseguir sair daqui, o Kalil tem homens por todos os lados, até na polícia, como acha que vai fugir?_ falou sem acreditar – eu não sei como vou fazer isso, mas eu tenho que fugir_ argumentei_ eu não posso me casar com ele, eu não conseguiria fazer isso a mim mesma_ me sentei na cama – eu não posso dizer que sei o que está sentindo, isso é muita mudança para tão pouco tempo concordo, mas aqui na máfia não há o direito da escolha, nem você e nem outra mulher qualquer pode escolher o seu próprio destino, é tudo uma questão de bem maior_ parou na minha frente – isso é um pesadelo só pode_ passei as mãos pelos meus cabelos – eu estarei aqui para ajudá-la ou pelo menos tentar ajudar a se acostumar com tudo, mas até lá por favor não contrária o Kalil ele é muito temperamental_ falou do meu lado – é. isso eu já percebi, afinal ele me amarrou e ameaçou_ cruzei os braços e ela soltou uma risada fraca – eu vou buscar qualquer coisa para a senhorita comer... – por favor Luna me chame só de Kate_ a interrompi – está bem_ sorriu_ ah e o Kalil disse que você não pode sair daqui do seu quarto, então eu tratarei de seu jantar, enquanto a senhorita toma banho e se troca pois acho que a camiseta do Kalil não é tão confortável assim_ me analisei após sua fala e percebi que ainda vestia a camiseta – é eu estou sem minhas roupas_ falei ainda me auto avaliando – ah tinha esquecido, o senhor Kalil mandou comprar algumas roupas, elas estão no seu guarda roupa, tem pantufas também_ falou olhando para os meus pés descalços_ volto em meia hora_ assenti e ela saiu – eu tenho que arranjar um jeito de fugir daqui_ analisei o quarto inteiro_ mas primeiro eu preciso mesmo de um banho_ soltei um suspiro e fui para o banheiro tomar banho Demorei mais do que eu queria no banho, pois queria tirar tudo de dentro, as lágrimas, o medo, a raiva e principalmente a frustração de não ter mais o controle sob a minha vida no momento, terminei meu banho e sai enrolada na toalha em direção ao guarda roupa que me deixou boquiaberta logo que abri, eu podia me perder no local, tinham várias peças de roupa das melhores marcas, vestidos, saias, calças, blusas e muito mais Em um canto tinham variados calçados desde rasteirinhas até saltos altos de várias marcas, porém meus olhos se arregalaram quando olhei as roupas íntimas, cada lingerie mais ousada que a outra, e de todas as cores possíveis que pra piorar todas eram exatamente do meu tamanho – ok, chega de olhar para essas coisas, eu nem terei tempo de usar todas porque vou dar um fora daqui_ falei pra mim mesma e peguei uma camisola fina que avia me chamado atenção e sai do guarda roupa fechando a porta em seguida e parando de frente para o espelho_ quando foi que minha vida se tornou esse enorme pesadelo?_ me analisei e prendi as lágrimas que quiseram descer quando olhei para a marca vermelha no meu rosto e lembrei do ataque de mais cedo onde eu provavelmente poderia ter saído machucada se não fosse pelo Kalil e pelo Zayn que salvaram minha vida, mas isso não dá o direito de me sequestrarem_ Luna você podia..._ me virei após a porta ser aberta e me arrependi profundamente pois quem entrou não foi Luna mas sim Kalil_ você podia bater na porta_ segurei com força a toalha como se a qualquer momento ela fosse cair – eu podia sim, mas não quis_ falou sério e me analisou da cabeça aos pés – pode por favor não ficar me olhando desse jeito_ falei irritada – vou dar uma dica pra você, eu não farei nada do que você me pedir então não se de ao trabalho de pedir_ caminhou até perto de mim e eu fui me afastando até encostar o espelho_ vista-se eu quero falar com você_ me deu as costas e saiu do quarto sem nem me dar tempo de protestar e logo em seguida Luna entrou – ups_ colocou a mão na boca e se virou_ me desculpa eu achei que já estivesse vestida quando o senhor Kalil me deu passagem_ falou de costas – não se preocupa_ caminhei pro guarda roupa, levei uma calça moletom preta, uma camiseta de mangas compridas cinzenta, pantufas cinzentas e me troquei saindo do guarda roupa em seguida_ você pode se virar_ me sentei na cama – o senhor Kalil quer você no escritório_ me olhou – aff, o que ele quer?_ me joguei na cama – quanto mais rápido você for, mais rápido você descobre então vêm_ segurou minhas mão e me puxou para levantar_ vamos que ele odeia esperar Sem protestar muito segui ela pelos corredores, eu ia observando atentamente cada possível saída e memorizando – lembre-se não irrite o Kalil_ assenti e bati na porta Após ser permitida a minha entrada abri a porta onde se encontravam 4 pessoas, mas arregalei os olhos ao perceber que France se encontrava ali, meu coração começou a bater aceleradamente e senti a sensação de estar perdendo o ar Flash back on 12 anos atrás Eu era uma garotinha de 8 anos que vivia em um orfanato em Londres, só tinha uma amiga, melhor dizendo, uma melhor amiga, Lia, ela e eu sempre estávamos juntas, brincávamos apenas entre nós, já que as outras crianças tanto do orfanato quanto do colégio, sempre nos ignoravam. Era uma manhã comum no orfanato, eu e Lia estávamos nos baloiços brincando quando um garoto entrou no pátio do orfanato e olhava confuso o local – ei Kate, olha aquele garoto_ Lia falou enquanto ganhava impulso no baloiço_ ele parece assustado_ completou_ nós não deveríamos chamar ele para brincar?_ me perguntou animada – acho melhor não, ele não ia querer ser nosso amigo_ dei de ombros enquanto meu baloiço ia parando aos poucos – ele é novo e parece tão só, vá lá_ ela saltou do baloiço e então parou na minha frente_ eu lembro que eu estava muito assustada quando cheguei e você me ajudou_ fez carita pidona_ vamos lá, se não der certo, pelo menos a gente tentou_ a mais velha sorriu me fazendo sorrir junto dela – olá_ o garoto falou e nós duas gritamos assustadas_ desculpa eu não queria vos assustar – a gente não viu você chegar_ Lia argumentou sorrindo_ meu nome é Lia, tenho 10 anos e essa é a Kate tem 8 anos_ me apresentou enquanto eu só balançava os pés ainda sentada no baloiço – meu nome é France e eu tenho 10 anos_ sorriu – como você veio parar aqui?_ falei curiosa – Kate_ Lia me repreendeu – desculpa_ falei envergonhada e ele riu – meus pais adotivos foram presos e eu devolvido ao orfanato – e de qual orfanato você saiu antes?_ foi vez da Lia ser curiosa – haham_ falei com uma expressão que ela já percebia que eu estava indignada com sua hipocrisia – foi você que começou_ argumentou e eu mostrei língua para ela – eu estava em um orfanato na Itália_ France falou rindo_ e vocês sempre moraram aqui?_ ambas assentimos – ah, eu esqueci de perguntar, você quer ser nosso amigo?_ falei quando o silêncio ameaçou se instalar – seria uma honra ser amigo de vocês_ sorriu e Lia comemorou Foram anos super incríveis de amizade, eu comecei a gostar dele como garoto aos 12 anos, até que ele partiu meu coração e sumiu da face da terra quando eu tinha 16 anos de idade, me deixando despedaçada pela primeira vez na vida – sente-se_ Kalil falou autoritário o que por minutos me fez querer sair correndo daquele escritório, mas após a segunda ordem eu me dirigi a cadeira indicada e me sentei tentando respirar calmamente enquanto os 4 homens me encaravam
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