capítulo 99

1366 Palavras

Fiquei em silêncio. Um silêncio cheio. Carregado. Quase sagrado. Do outro lado da linha, Felipe esperava. Dava até pra ouvir ele comendo alguma coisa — provavelmente uma bolacha recheada com sarcasmo. — “Felipe…” — “Leonardo…” — “A gente... sim.” — “SIM O QUÊ?” — “Transamos.” — “COMO É?!” — “Com vontade. Com entrega. Com chocolate. Com risco de fratura exposta na mesa da sala.” Silêncio. Dessa vez do outro lado. Até que veio um suspiro. Profundo. Quase comovido. — “Cara… você cresceu. Tô emocionado. Te vi sair da gaveta da timidez afetiva direto pra orgia conceitual.” — “Felipe…” — “Não, sério. Isso é uma vitória pra todos nós. Pro marketing. Pro RH. Pra saúde pública.” — “Você tem noção de que continua sendo um péssimo profissional?” — “Eu sou o pior melhor profissional

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