EMELIA
O medo me atingiu no minuto em que saí do carro.
Então eu vi a casa. Uma mansão na praia. Escura e agourenta
como Massimo. A propriedade parecia vasta, como se se estendesse no infinito, e à luz da lua tudo o que eu podia ver era terra e o som suave do mar entrando e saindo da costa.
Fortuna. Isso é o que tudo diz. Dinheiro e poder. Dinheiro e
poder suficientes para comprar uma pessoa.
Sempre que eu estava com medo, eu costumava correr para Jacob, ou pelo menos ligar para ele. Esta noite, também não posso. Não posso sair deste lugar, e meu telefone foi a primeira coisa a ser levada assim que entramos na casa.
Uma senhora idosa veio até à porta. Curiosidade enchendo suas feições. Embora ela não tenha dito nada para mim quando os homens entraram, eu peguei um vislumbre de curiosidade em seus olhos e o que reconheci ser medo.
Os homens me levaram por um amplo lance de escadas e até ao
primeiro andar, onde seguimos para o quarto em que estou agora. Eles acenderam as luzes e me deixaram.
Isso foi cerca de meia hora atrás, mas parece uma
eternidade. Não sei o que é pior: ficar sozinha com meus pensamentos ou ficar perto dessas pessoas, assustada e esperando o que deve acontecer a seguir.
O quarto em que estou é enorme: o chão é de madeira, tem
uma cama de dossel, grandes móveis de mogno e uma parede inteira de vidro que tem uma vista deslumbrante do mar e das formações rochosas contra a praia. Com o brilho do luar prateado, parece um vislumbre de um conto de fadas.
Mas isso não é um conto de fadas. Eu me sinto mais como se
estivesse presa em um filme de Tim Burton, em um pesadelo do qual não posso escapar.
Afundei no chão com as costas contra a parede e me permiti
chorar. Estou com medo e me sinto doente. Sinto que vomitarei.
A última vez que me senti tão abalada foi quando mamãe estava doente e sabíamos que não havia nada que pudéssemos fazer por ela. Sabíamos que ela ia morrer. Foi Jacob quem estava lá para mim porque papai lidou com sua dor, evitando todos. Incluindo eu. Penso em Jacob e sei que ele ficará preocupado. Ele me ligará e ao não obter resposta, então se preocupará um pouco mais. Aposto também que ele vai até casa de manhã para checar, só para ter certeza de que estou bem.
Papai vai contar a ele o que aconteceu comigo? Duvido. Jacob
ficaria louco se soubesse, e não seria bom para ele se fizesse isso.
Há um lado do meu pai que vislumbrei, mas não vi em relação a mim até mais cedo esta noite. Quando ele apertou minha mão como se fosse quebrá-la se eu desobedecesse, senti o desespero. Eu não gostaria que alguém se machucasse.
Não quereria que Jacob se machucasse só por me encontrar e
tentar ser meu amigo me protegendo.
Nem mesmo um punhado de horas atrás, meus pensamentos estavam consumidos pela ideia de para Florença amanhã. Agora, meu sonho é apenas isso: um sonho. Uma coisa que meu coração quer. Tenho que deixar tudo isso de lado para pensar sobre o que está acontecendo comigo aqui e agora.
A realidade da situação é esta: eu deveria me casar e viver com Massimo D'Agostino pelo resto da minha vida, e deveria aceitar isso?
Como?
Não acredito que papai faria isso comigo.
E realisticamente, e agora? Estou neste quarto. É dele? Deve
ser. Por que eles me levariam para um quarto de hóspedes se eu pertenço a ele? Este quarto deve ser dele.
Ninguém falou comigo. Ninguém disse nada, nem para mim ou
um para o outro.
Eles simplesmente me depositaram aqui como a coisa que sou e
foram embora.
O que acontecerá quando ele voltar? Vai tirar minha virgindade?
Ele se importaria que eu fosse virgem?
Homens como ele não se importam. Eles pegam. Estarei aqui
para o sexo.
Não serei estúpida o suficiente para pensar que ele também
será meu. Como papai, ele terá suas mulheres. Eu já sei que ele será assim. Só pela aparência dele. Eu não queria que minha vida acabasse assim. Sempre esperei que fosse por amor, quando me casasse. Que me apaixonaria. Isso é uma merda completa.
A maçaneta da porta do quarto gira, e eu quase pulo de susto.
A porta se abre e eu o vejo.
Está aqui.
Massimo está no batente da porta me olhando. Ele parece mais
alto do que antes, e quanto mais me encara, mais intensos aqueles olhos azuis penetrantes parecem contra sua pele morena. Minha respiração trava na garganta e meu coração dispara.
Apavorada, fico de pé quando ele entra e fecha a porta atrás
dele.
Eu me vejo querendo desviar o olhar, mas ao mesmo tempo sua
aparência marcante chama minha atenção e prende meu olhar para ele, tornando difícil para mim focar. Acho que acharia isso mais fácil se ele não fosse tão ridiculamente lindo. Ele é o tipo de homem para quem você olharia naturalmente.
Estou paralisada sob o peso de seu olhar, e a antecipação do
que ele fará me faz querer correr. Corra para longe e nunca olhe para trás.
Ele se aproxima, mas para a alguns passos de distância, ainda se
elevando sobre mim. O cheiro de sua loção pós-barba enche meu nariz e cerro os dentes.
— Há uma cama para você deitar. Não tem que ser no chão, —
ele diz, quebrando o silêncio.
Sem saber o que dizer, decido não responder.
— A menos que você goste do chão, — acrescenta. Sua voz se
aprofunda à medida que baixa, e meus nervos se dispersam quando ele me olha da cabeça aos pés, me avaliando.
Ele parece como um gigante ao meu lado. Deve ter cerca de 1,90m, enquanto eu tenho 1,62m.
— Isso não está certo, — respondo. Minha voz soa fraca e cansada, estranha aos meus ouvidos. Não pareço a mulher forte que minha mãe me criou para ser. Não pareço a mulher que eu era esta manhã quando acordei e disse a mim mesma que iria conquistar o mundo e ser a melhor versão de mim mesma que eu poderia ser.
— O quê? — Os cantos de seus lábios se transformam em um
sorriso suave, revelando dentes brancos perfeitos.
Claro, seu sorriso também é lindo e desarmante. Talvez seja isso
que ele usa para intimidar as pessoas.
— Você não pode fazer isso. Você não pode me ter, — eu
respondo, tentando firmar meu coração para que ele não salte do peito.
— O pedaço de papel que assinamos anteriormente diz
diferente, Princesca .
Princesca…
Se ele quer dizer essa palavra em relação a eu ser uma pirralha
mimada, está errado. Eu não sou isso. Nunca fui. Sim, eu posso não ter desejado nada na minha vida, mas isso não significa que me deram tudo só porque eu queria.
— Você não me conhece, — eu retruco.
— Não preciso.
— Você está certo, não precisa me conhecer para saber que isso é errado. Deve haver alguma outra maneira de meu pai lhe pagar. Me deixe ir. — Estou orgulhosa de mim mesma pelo pequeno discurso, mas o orgulho desaparece quando uma risada profunda ressoa dentro das paredes de seu peito.
— Eu sou aquele a quem a dívida é devida. Eu escolho como
quero ser pago. Eu escolho o que quero levar.
— Então, você me escolheu? — Dou-lhe um olhar incrédulo. — Por que diabos me escolheria?
Assim que as palavras saem dos meus lábios, me sinto
completamente estúpida. Sou a herdeira do meu pai e recebo a herança da família Balesteri quando fizer 21 anos. Só minha herança vale vários milhões. Esse contrato estipulava que Massimo receberia tudo.
— Minha querida Princesca, você realmente está vivendo no
escuro. — Ele sorri, revelando a covinha em sua bochecha esquerda.
— Deve haver alguma outra maneira.
— Tenho certeza que sim, exceto que fiz exatamente o que
queria fazer, — ele responde. Meu coração aperta. Parece que um tapete foi puxado debaixo de mim. Este é o homem com quem devo me casar. Embora ele pareça um príncipe de conto de fadas, não é.
Meus lábios se abrem, mas estou sem palavras.
— Então... veja, não pode ser de outra maneira, Emelia Balesteri. Eu me caso com você e recebo tudo o que você possui. Você pertence a mim, e tudo o que você tem e vai conseguir pertence a mim também.
— Está errado. Você deve saber disso.
— Pare com isso, — ele ordena. Seu sorriso desaparece. Aquele
comportamento frio e calmo retorna, e percebo então que esse é seu lado perigoso.
— Parar o quê?
— Pare de tentar atingir o meu lado bom. Eu não tenho um. Não
pense que sou bom só porque impedi seu pai de te machucar. Não sou.
Eu tremo agora enquanto seu olhar me perfura. Ele está me
dizendo coisas que eu deveria saber, mas principalmente está dizendo que não tenho esperança.
— Você não tem coração? — Minha voz voltou ao tom fraco de
quando falei pela primeira vez enquanto faço uma tentativa final de alcançar o que quer que eu veja nele que possa se assemelhar a algo humano.
— Não, — ele responde. — Eu não tenho coração, Princesca.
— Isso não tem nada a ver comigo. Eu não te conheço.
— Massimo D'Agostino, vinte e nove anos, futuro proprietário
da D'Agostino Inc. O último cheque saiu limpo. — Ele sorri, e minha alma estremece. — Nós nos casaremos em um mês. Você vai morar aqui, e isso é tudo que precisa saber.
— Você acha que é o suficiente, — eu retruco.
— É o suficiente porque eu digo. Chega de mesmice. Acho que já
dei respostas suficientes para suas perguntas. Agora, tire a roupa.
CAPÍTULO QUATRO
EMELIA
Não consigo controlar o gemido de choque que sai dos meus
lábios. — Não... — engasgo, balançando a cabeça.
— Sim. Eu quero dar uma olhada no que é meu.
Oh meu Deus. É isso. Ele vai me estuprar, e não há nada que eu
possa fazer sobre isso.
Meu instinto de sobrevivência entra em ação e eu tento passar
por ele, mas uma grande mão segura meu pulso e me traz de volta para onde eu estava.
— Por favor, não... — imploro.
— Emelia, se você quer se dar bem aqui, vai me obedecer, ou a
vida será muito difícil para você.
— Te obedecer? Quem você pensa que é? — Devo ter algum desejo de morte fazendo essa pergunta a ele. Não estou pensando direito. Quem poderia neste pesadelo?
— Não me faça responder isso, ou repetir, — ele sibila. — Tire
as suas roupas.
Meu Deus... ele está falando sério. Eu terei que fazer isso. Obedeça. O que acontecerá comigo se eu não o fizer? O que é pior? Estar disposta e permitir que ele me leve e faça o que ele quiser comigo, ou que ele tome violentamente?
Ele me libera, e o olhar endurecido que me dá agora me diz para
não pressioná-lo. Se eu fizer… não sei o que fará comigo.
Eu não posso acreditar que estou tendo esses
pensamentos. Seus olhos se tornam tempestuosos, turbulentos como um mar tempestuoso enquanto seu olhar me percorre corajosamente com dedos invisíveis cheios de luxúria.
Engolindo em seco, eu mesma farei isso.
Com as mãos trêmulas, desço a alça minúscula do meu vestido
de verão pelo ombro esquerdo, depois pelo direito. Eu me amaldiçoo por escolher usar esse vestido e******o porque me fez parecer fofa. Também é muito fácil de decolar. O vestido desliza para os meus pés no momento em que deslizo a segunda alça.
Estou de sutiã e calcinha agora. Isso e minhas sapatilhas de
bailarina. É tudo que estou vestindo.
Ele me dá um aceno de cabeça, sinalizando para eu tirar isso
também. — Tudo, — afirma, e seu maxilar tensiona.
Por qual devo começar? Meu sutiã ou minha calcinha? Enquanto
decido, me curvo e tiro meus sapatos... lentamente. Um, depois o outro.
Ninguém nunca me viu nua. Nem sequer este tanto. Ninguém, nem mesmo meus médicos.
Eu me endireito e noto o olhar divertido em seu rosto
bonito. Divertido comigo por tirar os sapatos e a lentidão com que o fiz. Minhas mãos tremem quando alcanço o pequeno fecho de borboleta segurando meu sutiã, e eu me atrapalho para abri-lo. Na verdade, não é tão difícil abrir. Eu simplesmente não consigo colocar minhas mãos para trabalhar. Minha respiração fica presa quando o clipe se abre, e estremeço quando o peso dos meus s***s se espalha.
Não posso olhar para ele. O rubor quente de humilhação que me varre me deixa sem fôlego e tonta. Estou assustada e envergonhada. Estou apavorada e com raiva do que estou sendo forçada a fazer.
Eu tiro meu sutiã, e ele cai no chão, juntando-se ao vestido. Meus s***s balançam quando me curvo para empurrar minha calcinha pelas pernas. Uma vez que elas caem, eu saio delas e preparo minha coluna, desejando ser forte.
Mantenho meu olhar à frente, olhando para o branco de sua
camisa, evitando seus olhos.
Ele estende a mão e levanta meu queixo, guiando meu olhar de
volta para o dele. O roçar de seus dedos na minha pele envia um arrepio através de mim. Um arrepio de calor s****l que odeio. Eu não deveria sentir nada por este homem. Definitivamente não é nada s****l. Nenhuma parte do que ele fizer a seguir será com minha permissão. Nada. Nada mesmo.
Ele segura meu olhar e me libera, mas não antes de passar os
dedos pelo meu pescoço. Então, devagar, bem devagar, ele anda ao meu redor, me circulando como um predador faria com sua presa. Seus olhos têm um olhar seco e faminto que fica mais faminto, mais ganancioso a cada segundo que passa.
Eles me tocam em todos os lugares. Minha cabeça, meu peito,
meu estômago, até ao monte liso do meu sexo, onde permanece antes de seu olhar voltar para encontrar o meu.
— Agora posso ver sobre o que é a conversa, — comenta ele. Eu
não sei o que ele quer dizer. — Linda…— ele acrescenta e minha b****a traidora aperta com a necessidade.
Eu nunca tive um homem olhando para mim do jeito que ele
está. Se tivessem, eu não os teria visto porque eles teriam medo do meu pai. Eu também nunca tive um homem me chamando de linda, pelo mesmo motivo. Nem mesmo Jacob.
— Solte o cabelo para mim, — acrescenta.
Eu puxo a faixa do meu r**o de cavalo. Assim que o faço, meus
longos cachos escuros caem pelos ombros e se juntam na parte inferior das minhas costas.
O desejo em seus olhos é um sinal de que ele está pronto para
atacar. O medo passa por mim como um relâmpago.
Ele dá um passo mais perto, e eu recuo. Mais um passo, e estou
completamente pressionada contra a parede. Eu não estava longe dela em primeiro lugar.
Ele coloca uma mão bem no meu ombro, bloqueando-me para
que eu não possa me mover. Não consigo parar de tremer. O terror vem de dentro. Do fundo da minha alma. Não posso controlá-lo.
Massimo abaixa a cabeça até ficar a um fôlego de distância e
cheira meu cabelo. Então ele se abaixa para tocar uma madeixa. Seus dedos roçam meus m*****s, tornando-os duros. O contato cria uma onda de excitação através do meu corpo, e minha garganta fica seca.
Permitindo que as pontas do meu cabelo se enrolem em torno
de seu polegar, ele observa, fascinado. Então, quando pressiona a mão na minha barriga, eu sei que é isso. Ele vai atacar. Só não sei se sobreviverei.
— Por favor... não desse jeito. Eu nunca... — estremeço,
esperando que ele não ria de mim e me faça sentir pior.
— Nunca... nunca o quê, Princesca? — ele pergunta. Seu hálito
quente faz cócegas no meu nariz.
— Eu nunca... estive com um homem.
Na declaração, o sorriso diabólico que ilumina seu rosto me
assusta. É diferente do que ele me deu antes. Tem um ar de vitória, como se ele tivesse acabado de ganhar o jackpot.
— p**a merda. Eu definitivamente fui bem, — ele respira e ri. — Você está tomando pílula, Princesca? Eu gosto de f***r sem camisinha.
Minha boca se abre, mas não consigo falar. Não estou
acostumada com pessoas falando assim comigo. Sua boca suja me choca, mas ao mesmo tempo comanda uma resposta do meu corpo de uma maneira que eu não gosto.
— Responda-me, — ele força.
— Sim, — respondo rapidamente. Eu tomo pílulas para a minha
pele. Quando meu médico as prescreveu, nunca pensei em sexo.
— Boa garota. Certifique-se de levá-las.
Quando a seriedade volta ao seu rosto, ele solta meu cabelo e
passa o dedo grosso sobre a superfície plana do meu estômago, sem tirar os olhos de mim. Pressionando a parede, tento me segurar para não cair enquanto ele traça a linha da minha barriga até ao vale profundo do meu decote. Seus dedos tremulam levemente sobre as protuberâncias dos meus s***s, em seguida, permanecem no mamilo esquerdo. Duro ao seu toque. A umidade se acumula no fundo do meu núcleo. Ele sorri para mim como se soubesse. Então me ocorre que talvez ele saiba.
Ele sabe que seu toque está me excitando. Eu engulo e luto
contra as lágrimas quando ele se aproxima ainda mais e belisca o lóbulo da minha orelha. Isso me enfraquece, e por um momento eu desisto e permito que a excitação me atravesse. Minha respiração sai áspera enquanto tento pegá-la.
Seus dedos retornam ao meu estômago, então ele desce. Para
baixo, mais baixo até que sua mão cobre meu sexo e seus dedos deslizam sobre o monte liso da minha b****a.
Suspiro quando ele desliza um dedo em minha passagem virgem
e começa a empurrar para dentro e para fora.
Ele se move de volta para o meu ouvido e sussurra: — Uau, sua
boceta é tão apertada. Nunca fodi uma virgem antes. Eu definitivamente vou gostar de você. Você é tão boa, Princesca. m*l posso esperar para sentir você em volta do meu p*u.
Minhas bochechas queimam com suas palavras sujas para
controlar minha excitação e encorajar minha atração por ele. Então minha garganta aperta tanto que acho que vou desmaiar pela falta de ar quando ele olha para minha b****a e começa a bombear para dentro e para fora mais rápido.
O sorriso desaparece de seus lábios, e seu rosto bonito assume
aquela borda dura novamente, endurecendo enquanto ele me fode com o dedo de encontro à parede.
A excitação me atinge, me deixando mais quente. Eu gemo com cada impulso, embaraçada e envergonhada que meu corpo está respondendo a ele dessa maneira. Quando uma onda de prazer dispara através de mim, perco o controle completamente.
Minhas mãos saem da parede e agarram sua camisa.
Ele me dá um grande sorriso, e fico chocada quando inclina a cabeça para chupar meu seio esquerdo. Ele começa a chupar forte e acelera os movimentos dentro da minha b****a. De repente, o prazer explode em mim. Eu tento lutar contra isso, tento escondê-lo, tento afastar os sons do êxtase dos meus lábios, mas não consigo.
Eu g**o. Forte. Quando g**o, gemo tão alto que não posso
acreditar que o som escapa entre meus lábios. A umidade jorra da minha b****a para seus dedos, e é só então que ele para de bombear e chupar.
Endireitando-se, puxa o dedo para fora de mim e o levanta para
eu ver o suco brilhante.
Estou ainda mais chocada quando ele coloca na boca e lambe. A
respiração me deixa quando ele se agacha, puxa meus quadris para seu rosto, e desliza seu rosto entre minhas coxas para que possa enfiar sua língua na minha passagem. Sinto faíscas de excitação dentro da minha b****a novamente enquanto ele lambe a umidade que se acumula entre as pernas.
A vergonha me inunda enquanto vejo o homem lindo que acabou de me comprar me comendo. Fico chocada e furiosa comigo mesma quando meu lado traidor admite que gosto do que ele fez comigo.
Quando se levanta, limpa a boca com as costas da mão. Uma
mecha de seu cabelo preto cai sobre seu olho.
Meu olhar cai para a protuberância distinta de seu pênis
pressionando contra suas calças, e engulo o medo.
— Bem, como isso é interessante, — ele provoca. — Espero que
você tenha gostado da degustação, Princesca. Da próxima vez será ainda melhor.
— Próxima vez? — murmuro, minha voz quase inaudível. Eu não
sei se deveria estar aliviada que parece que ele pode não me estuprar, ou me preocupar com a próxima vez.
— Da próxima vez... não sou esse tipo de monstro, doce e
inocente Emelia. Eu não te foderei esta noite, — ele diz, levantando meu queixo e segurando a borda do meu pescoço. — Eu não levarei a cereja entre suas pernas esta noite. Quando te f***r, você vai me dar. Você vai querer que eu pegue.
A fúria agarra minhas entranhas em sua confiança. Eu odeio que
ele pareça tão seguro de si. Ele não me conhece.
— Não, não vou. Eu não te darei nada, — retruco. Ele fortalece
seu aperto no meu pescoço.
Seu sorriso se alarga, e ele acena com a mesma certeza. — Ah,
você vai. Sabe porquê?
Estou curiosa. — Por quê?
— Porque você já quer. Medo e excitação. Eu posso sentir o
cheiro, mesmo agora. Senti o cheiro antes de fazer você gozar. Você me queria no primeiro ‘olá’. — Ele me deixa ir. Eu afundo na parede, meus lábios entreabertos. — Tudo bem. Eu também queria você.
Ele pisca para mim antes de se virar e ir embora. Eu o observo enquanto ele sai e a porta se fecha. Um segundo depois, uma chave chacoalha dentro do buraco da fechadura. Estou trancada.
Leva um momento antes que eu perceba que não estou
respirando, e a névoa desaparece da minha mente.
Isso é loucura. Eu não o quero. Não posso. Ele é o inimigo. Meu
inimigo. Não posso me permitir ser usada dessa maneira.
Só há uma coisa que posso fazer.
Escapar.
Eu tenho que tentar.