Connor
Acordei no dia seguinte, confiante...finalmente iria fechar esse contrato pelo qual trabalhei tanto, por um momento achei que a chegada repentina de Sarah fosse ser realmente um impecilho, afinal, ela tinha dominado a minha mente de uma forma assustadora, desde ontem a noite...mas, nada que uma noite com uma mulher bem gostosa não resolvesse, como num passe de mágica, ela já havia virado poeira.
Depois de um dia repleto de reuniões com acionistas da empresa, eu finalmente havia fechado o contrato! agora, toda a linha aérea do condado do Texas e do centro-oeste, era minha! esse, era um grande passo para o meu objetivo, que era dominar todo o céu da américa, nem mesmo Sarah Paulson poderia me trazer isso...e é claro, que eu precisava comemorar! convidei todos os acionistas para uma noite na minha boate favorita, por minha conta, afinal, sem o dinheiro deles, eu não seria nada.
-Tinha razão quando falou desse lugar, Connor...realmente parece muito bem frequentado.-Um deles disse.
-Eu tenho um ótimo gosto, Oscar! agora, leve os outros para se divertir, façam dessa a melhor noite da vida de vocês! -Eu disse, caminhando em direção a uma bela mulher loira de costas, que eu já havia avistado sentada no bar.
Caminhei até ela, me sentando ao seu lado, e, quando fui lhe oferecer uma bebida, acabei me surpreendendo.
-Boa noite! será que eu poderia pagar uma bebida para essa linda moça solitária?-Eu perguntei, e ela se virou.
-É sério que você ainda usa essa cantada, Connor? meu Deus! você não evoluiu nada mesmo!
-NÃO É POSSÍVEL QUE NOVA YORK SEJA TÃO PEQUENA! VOCÊ ESTÁ ME PERSEGUINDO!
-Porque Connor? acha que não posso estar num lugar tão bem frequentado como esse? relaxa, não estou sozinha, e também não estou te perseguindo, afinal, quem veio até aqui foi você.-Ela disse, se virando para a frente do bar.
-Me desculpa...é que, é coincidência demais.
-Nem me diga, você acha que eu gosto de ficar esbarrando com você o tempo todo? por mim você poderia sumir do universo, e eu teria certeza de que iria se tornar um lugar melhor.
-Você pega pesado...
-Não deveria?
Antes que ele pudesse responder, Simon caminhou até mim, passando as mãos sob minha cintura, e naquele momento, cada segundo valeu a pena, apenas pela cara de Connor.
-Está tudo bem, meu amor?-Ele perguntou.
-Está sim...esse é Connor Mason, um velho conhecido de Nashville.
-Connor Mason? o CEO da Starline?
-O único!-Ele disse, estendendo a mão para cumprimentar Simon.
-Sou Simon Morales, eu sou CEO da Fisherman, não sei se conhece.
-Como seu bolo de massa pronta todas as sextas-feiras! é o que faz o meu fim de semana valer a pena.-Ele diz, dando uma risada.
-É uma honra ouvir isso de um rapaz tão jovem, e tão bem sucedido...-Simon diz, visivelmente caindo de 4 por Connor, e eu o belisco.
-Bom, eu não quero atrapalhar vocês, apenas vim cumprimentar Sarah...tenham uma ótima noite.-Connor disse, se retirando.
Assim que ele sai do bar, eu posso perceber o olhar de Simon me fuzilando.
-O que foi?-Eu pergunto.
-Quem é o gatão? não sabia que tinha amigos em Nova York.
-Eu não tenho...ele está longe de ser um amigo.
-Espera! ele é o pai da Olívia?
-FALA BAIXO, SIMON!
-Meu Deus! a vida te odeia mesmo, em? te fazer ter que odiar um homem tão gostoso como aquele...é karma.
-Você é um velho muito safado, não acha não?
-Primeiramente, eu não sou velho...estou na flor da idade, ok? e em segundo lugar, é só fogo de palha...eu tenho o amor da minha vida, não tenho interesse por esses gostosos malhados, agora, já você...
-Eu nada, não tenho qualquer interesse nesse egoísta mentiroso, na verdade, eu já quero até ir embora, podemos?
-Infelizmente não...um dos acionistas que eu estava esperando acabou de chegar, e adivinha? ele está com o seu boy!
-Não! Simon! eu não vou me sentar lá com eles! eu não consigo fazer isso, não com o Connor!
-Qual é, Sarah, por favor! eu preciso de investidores, as vendas estão caindo, se eu não conseguir isso, eu vou a falência.
Respirei fundo, amaldiçoando meu maldito alter-ego bondoso, que tinha essa mania de sempre querer resolver todos os problemas do mundo...droga, Sarah! você precisa ser mais indiferente.
-Tudo bem...vamos lá, acho que consigo fazer isso.-Eu disse, respirando fundo.
Caminhamos até a mesa onde Connor estava sentado, e ele me encarou um pouco incrédulo, sem entender o que exatamente eu estava fazendo ali.
-Boa noite! eu sou Simon Morales, sou CEO da Fleshman, nós nos falamos por telefone.-Simon disse ao tal acionista, que o reconheceu de cara, mas, parecia já estar bêbado demais para ter uma reunião agora.
-MORALES! QUE BOM VER VOCÊ! SENTA AI CARA!-Ele gritou, e pude perceber o quanto Connor estava desconfortável.
Simon me encarou e acabei me sentando, e, não demoraram 10 minutos até que toda a conversa ficasse extremamente entediante, me fazendo clamar para sair dali.
-Eu vou ao banheiro, com licença.-Eu disse, me levantando.
Simon e os outros estavam tão distraidos com a conversa, que nem sequer repararam no que eu disse.
Caminhei até o banheiro, lavando um pouco o meu rosto na pia, tentando me trazer de volta a realidade e ignorar as malditas memórias de Connor que haviam dominado o meu cérebro, sai dai, Connor! você não tem o direito de entrar na minha mente! mas, quando sai do banheiro, percebi que não era só a minha mente que ele tinha dominado, ele também estava no meu caminho.
-Esse é banheiro das mulheres, Connor...não sabia que você curtia.-Eu disse.
-Não tem nada no mundo que eu curta mais do que mulheres, Sarah...mas, mulheres que fogem de mim me instigam ainda mais.
-Eu conheço esse jogo, Connor, eu não vou cair nele...eu sou casada, e mesmo se não fosse, jamais cairia no seu maldito papo outra vez.
-Casada com aquele museu? ah, por favor, Sarah! você não faz a linha dos s*********y.
-Porque? acha que não sou nova o suficiente para ser sustentada? você é ridículo mesmo...agora me dá licença, você tá atrapalhando a passagem.
-Você continua uma gostosa, Sarah!
-E você continua um canalha.-Eu disse, dando o dedo do meio pra ele.