Capitulo 9: O jogo

2138 Palavras
O almoço já estava pronto neste momento então todos descemos, enquanto comíamos tudo parecia estar normal entre eles, como se não se importassem com a presença um do outro, quando terminamos todos decidiram ir jogar vôlei na praia. – A praia e aqui na frente descendo, tem duas quadras de areia para futebol e vôlei é só caminhar um pouco na orla – Ryan fala. – Todos usam a quadra? – Sim, quem arrumou isso aqui foi meu avô com os outros moradores daqui. Ando lentamente sentindo a brisa do mar no meu rosto. – Você gosta da praia? – Ian se aproxima de mim. – Quando eu estava no ensino médio eu amava sair da escola e ir para a praia, se tornou meu lugar preferido. – Eu também sou assim, e como se o vento que vem do mar levasse todas as suas preocupações embora. – Isso! É exatamente isso! – Bianca, já chegamos e você está com a bola – Ryan chama a minha atenção. – Ah, é verdade. Aqui – eu jogo a bola para ele. – Vocês dois não vão jogar? – Giulia pergunta. Ian me olha. – Vamos sim – eu entro na quadra em seguida dele, ele parecia de certa forma ansioso para ficar sozinho comigo na praia mas eu queria ficar sozinha, ficar com ele poderia dar a ideia errada a Ryan. – Vamos jogar em duplas? – Breno faz uma sugestão e todos concordam. Nos separamos então em duplas: Breno e Ryan, Giulia e Carol e eu e Ian, o primeiro jogo seria da Giulia e Carol contra os meninos e eu e Ian iríamos jogar contra o vencedor. O jogo começa. – Não vou pegar leve ein – Breno provoca as meninas. – Eu também não – Giulia revidou, os dois acabam ligando o modo competitivo. Ian parecido completamente imerso no jogo mas ao mesmo tempo algumas vezes tentava puxar alguma conversa comigo que estava apenas observando o jogo, algumas vezes também pude ver o Ryan olhando em nossa direção mas quando eu olhei de volta ele virou seu olhar e não procurou olhar mais para o nosso lado, até que Ian falou. – Ryan está olhando muito para o nosso lado… – eu apenas fico em silêncio, ainda não posso deixar ele saber de nada. O jogo havia acabado e apesar de acirrado os meninos ganharam no final, isso queria dizer que seriam eu e o Ian contra o Breno e Ryan, entramos na quadra e Ian me ajudou a me aquecer, Ryan nao tirava os olhos, o jogo começa e nós já começamos na frente, eu e o Breno estavamos jogando até que Ryan pega a bola e ele joga ela forte bem na direção do Ian. – Foi m*l ai, desculpa – ele diz. Mas suas atitudes não condizem e o Ian entrou na dele também, quando eles pegavam a bola era como se só existissem eles dois, a bola passava forte de um para o outro ate que o Ryan foi jogar novamente, ele aplicou muita força na bola novamente mas dessa vez sua mão havia escorregado fazendo com que a bola vinhesse em minha direção acertando bem no meu rosto. – Bianca – Giulia que estava vendo toda a partida correu em ate mim – Você está bem? Eu permaneci de cabeça abaixada e logo todos já estavam ao meu redor. – Eu levo ela para dentro – Ryan se aproxima de mim para me ajudar a levantar mas eu apenas estendo a minha mão como sinal de pare, eu ainda estava com a cabeça abaixada por causa do sangramento. – Eu estou bem, consigo andar sozinha. – Isso é ridículo – ele contesta. – Não me toque – eu me levanto e vou embora, ele apenas fica parado, era a primeira vez que eu tinha falado com ele dessa forma, não me admira que ele ficasse chocado. Eu vou para o meu quarto, Carol e Giulia estavam me seguindo. – Abra o guarda roupa e pegue a caixa de medicamentos – Falo e Giulia pegou para me ajudar a parar o sangramento. – A caixa de medicamentos está aqui – Ryan chega na minha porta. – Não precisa eu tenho uma aqui. – Mas você não tem algodões – Carol fala. – Apenas… Pegue a caixa dele então. – Eu preciso conversar com você, Bianca. As meninas olham para mim, eu dou apenas um sinal com a cabeça para elas saírem, ele encosta a porta e se ajoelha na minha frente, eu finalmente posso ver o seu rosto, sua expressão de preocupação e culpa, mas isso não tirava o fato de que eu ainda estava chateada com a infantilidade dos dois. Ele começou a tratar o meu machucado, depois de limpar ele fez uma compressa para parar o sangramento, ficamos em silêncio até ele colocar os algodões no meu nariz. – Achei que quisesse falar comigo – ele dá um longo suspiro. – Me desculpe Bianca – ele fala enquanto está olhando para baixo – Eu não deveria ter feito algo tão infantil. Eu permaneci em silêncio e ele continuou esperando a minha resposta. – Eu posso saber qual foi a causa de tudo isso – perguntei, mas ele parecia completamente relutante em me dizer. – Foi minha culpa, eu deixei-me levar, cada vez que ele chegava perto de você meu sangue começava a ferver, eu sei que eu não tenho nenhum direito de dizer isso mas e o que eu estou sentindo. Por fora eu estava com o rosto inexpressivo mas por dentro eu queria agarrar ele e dizer que ele é o único com quem eu quero ficar. – Você está com ciúmes? – perguntei. – Aparentemente sim, desculpe – ele levanta e caminha até a porta mas eu seguro sua mão. – Não tem nada de errado em ter ciúmes. – Mas nós só ficamos, não temos nada real. – Mas você não quer ter? – ele pensa um pouco – Eu sei que você ainda esta machucado e indeciso, mas nós dois sentimos o mesmo então por que adiar? - Você não está mais ficando com ele? – Nós só ficamos uma vez, ele se aproxima de mim mas eu prometi a mim mesma que eu iria esclarecer as coisas com ele, eu e ele não temos nada. – Certeza? – ele ainda parece relutante. – Tome o seu tempo para pensar – eu saio primeiro do quarto e dou de cara com o Ian, droga, ele ouviu tudo antes que eu pudesse ter a chance de falar diretamente com ele. Ele apenas se vira e vai embora, quando desço as escadas ouço uma voz familiar. – Bianca! – a irmã de Ryan aparece. – Ruth, não sabia que você viria. – Nem eu – Ryan aparece atrás de mim e se encosta na parede. – Fiquei sabendo que teríamos convidados na nossa casa de praia, consegui um tempo livre para vir aqui. Muito prazer, eu sou Ruth – ela se apresenta para os outros que não faziam ideia de quem ela era, tirando o Breno. – Minha irmã – ele completa. Depois de se apresentar ela vai ate o seu quarto para desfazer as malas enquanto o Ryan ajuda, eu saí da casa e me sentei na frente onde tinha uma cadeira de dois lugar que balançava. – Você está bem? – Ian senta do meu lado. – Estou, não está mais sangrando. Permanecemos assim olhando para a vista do mar, não se tratava de um silêncio constrangedor mas como se estivéssemos aproveitando aquele momento. – Você está ficando com ele? – ele me pergunta de repente. – Nós não estamos ficando, nós ficamos – eu não hesito em falar, eu tenho que falar para ele. – Quando? – Algumas semanas atrás. – Planeja continuar ficando com ele? – Sim – sou firme em minhas respostas às suas perguntas. Ele para de fazer perguntas, ele continuava apenas olhando para a vista, de repente eu sinto sua mão passando pela minha, eu olho para ele rapidamente, ele se vira para mim. – Você achou que eu me incomodaria com isso? – ele levanta minha mão em direção a sua boca, eu fico surpresa no mesmo momento. – Achei… Você parecia querer algo mais sério… – ele depositou um leve beijo no peito da minha mão. – Eu quero, mas eu não me importo se você quer ficar com outras pessoas – eu fico boquiaberta, sua mão sobe novamente mas em direção ao meu queixo, ele segura delicadamente – Eu só quero ficar com você. Eu tento tirar meus olhos dele mas parecia impossível, em sua maior parte ele era extremamente amigável mas quando ele queria ser irresistível e tentador ele conseguia ser com perfeição, eu luto para poder me desprender dele. – Você não entendeu, eu estou me apaixonando por ele, eu não desejo ficar com outra pessoa… Ele pensa um pouco, parece que ele finalmente tinha entendido o que eu queria dizer. – Eu conheço ele desde a época do ensino médio, sabe por que não nos damos tão bem? – eu continuo ouvindo – Por que ele sempre dava um jeito de magoar alguém e eu nunca concordei com essa atitude dele, as meninas que namoram com ele todas saem machucadas por que ele preferia machucar primeiro do que ser machucado, quando ele fez isso com a minha irmã eu não pude evitar de bater nele por ser um canalha. Você acha que será diferente com você? – eu me encho de raiva com a sua fala. – O que acontece entre nos dois não cabe a você dizer, não fale disso como se você soubesse de alguma coisa – eu me levanto da cadeira e ele segura o meu braço. – Ele não vai estar lá por você, mas eu sempre estarei, comigo você sempre será a minha prioridade – ele parecia totalmente convencido do que ele estava falando mas eu ignoro as suas palavras e vou embora. Ao entrar na casa me dou de cara com o Ryan mas apenas o ignoro e vou me sentar na sala de estar onde a Giulia e Carol estavam assistindo, ele se senta no outro sofa apesar de ter um lugar do meu lado, apesar de ter ignorado o que o Ian havia me falado aquilo que ele disse ainda estava de certa forma mexendo comigo. Ruth desde depois de arrumar suas coisas no quarto. – Vocês vieram para cá pra ficar assistindo? Ainda bem que vim, vamos lá pra fora, está escurecendo está ótimo para fazer uma fogueira, teremos um luau em casa. Todos vão lá para fora, os meninos vão ajeitando a fogueira que ficava em um lugar que frequentemente era usado para isso, já havia alguns troncos que estavam deitados no chão formando uma roda, eu e as outras meninas entramos para pegar as bebidas e alguns petiscos. Tudo estava arrumado e muito bonito, fizemos alguns drinks com frutas e nos sentamos em volta da fogueira. – Ninguém aqui toca violão? – Giulia pergunta – Luau sem violão não existe. Ryan tinha um violão no quarto que não tocava então Breno tocou durante o luau, era um noite agradável sob as estrelas e a melodia do violão, conversamos e comemos o que havia sobrado do almoço, quando estava ficando tarde todos entraram, a maioria já estava cansado e a bebida já estava fazendo efeito, todos se arrumaram para dormir em seus respectivos quartos. Eu também já estava meio bêbada então dormi rapidamente mas acordei no meio da noite sentindo sede, fui na cozinha beber uma água e encontrei Ryan la. – Esta acordada? – Eu acordei pra tomar uma água. – Ah sim – ele terminou e subiu para o quarto e eu fui em seguida. Ele entra em seu quarto e fecha a porta, ao invés de entrar no meu quarto eu dou meia volta e vou até o quarto dele, abro a porta lentamente e ele estava deitado na cama. – O que está fazendo aqui? Você ainda não está bêbada né? – Eu to bem – fecho a porta e me deito do lado dele. – Vai pra sua cama Bianca. – Eu to bem juro, eu não vou fazer nada, eu só quero ficar deitada aqui um pouco tá bom? – ele suspira. – Faça o que quiser – ele vira-se para o outro lado e eu aconchego-me nas suas costas. Passamos um tempo assim até que ele se vira para mim, ele segura o meu rosto com uma mão e com a outra ele passeia pelo meu corpo. – Você prometeu não fazer nada, mas eu não prometi – ele continua num longo beijo. Depois do nosso beijo conversamos por alguns minutos até que os dois pegaram no sono.
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