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1554 Palavras
De volta à minha sala, recostei a cabeça na cadeira e pressionei as têmporas por alguns segundos. Eram apenas dez da manhã e eu já fizera mais do que metade dos presidentes da concorrência. Ser o melhor era um trabalho árduo. Peguei o telefone e chamei Priscilla para resolver de uma vez a questão das candidatas e agilizar a aposentadoria de Marta. Ela era alguém de confiança desde a época em que eu era criança. Me viu crescer e esteve ao meu lado quando meus pais deixaram de estar presentes. Por isso faria questão de dar a ela muito além do que a lei mandava. — Aqui estão os arquivos, senhor. Se puder ajudar em algo mais é só me avisar. — Priscilla virou-se para ir embora, mas eu a chamei de volta assim que notei o que ela tentou fazer. — Acha mesmo que pode me enganar com um truque como esse, Priscilla? — Coloquei a primeira pasta aberta sobre a mesa. — Me perdoe, senhor, acho que não entendi. — Eu pedi para que organizasse as pastas em ordem alfabética e a primeira candidata se chama Sophia Vargas. Além disso, esse nome não estava na lista anterior. Quem é essa mulher? — A encarei esperando uma resposta. — Ah! Sinto muito! Foi um erro meu não avisar. Eu conferi a candidata número oito, Maraísa Viera de Fernandez e foi descoberto que ela mentiu sobre sua formação acadêmica e sobre seus certificados de proficiência. Resgatei uma das candidatas e coloquei no lugar. Não devo ter notado que botei na posição errada. — Priscilla estendeu a mão para pegar os arquivos e reorganizá-los mas eu a impedi. — Se mentir mais uma vez considere-se rebaixada a recepcionista. — Tudo bem! Eu não posso deixar que escolha qualquer uma para cuidar dos meninos! É isso — Ela sentou na cadeira a minha frente e soltou um suspiro de frustração. Priscilla era uma mulher incrivelmente bonita. Os cachos negros presos em um penteado sóbrio, a pele escura como ébano e os olhos de ônix fariam qualquer homem cair de joelhos. Todavia eu tinha meu código, e não dormir com a minha secretária era um dos dez mandamentos. Do contrário, eu a teria feito pagar por essa insolência de uma forma muito mais interessante do que eu estava prestes a fazer. — Você quer que eu escolha essa moça, Sophia Vargas, para cuidar de Lucca e Nico? Dê me um bom motivo. — Sophia foi educada para isso. Toda a sua formação, estágios e certificados foram conquistados com mérito e muito sacrifício. Eu nunca vi uma mulher tão eficiente, inteligente e sofisticada quanto ela. Sophia é dura como rocha e ao mesmo tempo leve como uma pluma. Em matéria de educação, ninguém no Brasil conseguirá preparar os meninos melhor do que ela, porque além de ser uma profissional, ela é humana e possui um senso de moral que fariam as freiras parecem vulgares. Eu me importo com os meninos, senhor Mattioli, e jamais me perdoaria por deixar que o senhor coloque dentro da sua casa uma mulher que verá seus filhos como dois cheques no final do mês. A convicção com a qual ela falava realmente acendeu um alerta em minha mente. Muitas daquelas mulheres só se inscreveram para ter a chance de pôr as mãos no salário vantajoso oferecido. Talvez nem sequer pensassem no futuro que aguardavam àquelas duas crianças, e isso era o principal ponto naquela contratação, caso contrário, não teria sido tão criterioso nas exigências. — Está bem, vamos ver se você realmente sabe o que está fazendo. Deixe todos os outros arquivos em stand by e me traga sua Sophia. — Joguei a ficha dela em cima da mesa e levantei para pegar um pouco de conhaque no aparador. — Para quando o senhor deseja que eu agende a entrevista? — Priscilla, já de pé, soou mais enérgica do que o de costume. — Agora. — De costas para ela, eu apontei para a porta, para que ela me deixasse a sós com meus pensamentos. Depois de colocar duas pedras de gelo no meu Courvoisier e voltar a me sentar na cadeira, senti uma gota de curiosidade se infiltrar na minha mente. O que Priscilla faria depois de saber as condições para que essa misteriosa e brilhante Sophia fosse contratada? Decidi que era hora de sair e almoçar no Morrisett’s, um restaurante conceituado e frequentado apenas pela nata empresarial do centro do Rio. Ali era onde contratos bilionários eram fechados, o restaurante na cobertura do Sollaris era mais criterioso até do que a imigração americana. E eu, como um bom bilionário, tinha acesso vip. Caminhei pelo corredor que me levaria até o elevador e aguardei até que ele passasse por cada andar. Ao parar no meu, a porta se abriu e eu franzi o cenho ao me deparar com quem me esperava do lado de dentro. Com um vestido azul marinho colado ao corpo, salto agulha e batom vermelho, Jessica abriu um sorriso safado ao dar de cara comigo. Os cabelos vermelhos caindo em ondas até quase a cintura, os olhos azuis de felino me encarando. Ela era uma boa parceira de sexo, mas o que fazia ali? Entrei no elevador e assim que a porta fechou, Jessica aperou o botão para travá-lo naquele andar. Encostei na parede e cruzei os braços tentando entender o que seria aquele jogo que ela estava fazendo. — Se você não vem até mim, eu venho até você. — Jessica colocou a mão no meu m****o sobre o tecido da calça. Era impossível não sentir meu p*u endurecer com aquela mão pequena o acariciando com tanta vontade. Jessica se aproximou ainda mais e sussurrou em meu ouvido tudo o que queria que eu fizesse com ela dentro daquele elevador. E eu faria, ela pagaria pela insolência de entrar dentro da minha empresa sem a minha permissão. — Ajoelha. — Ordenei, com a voz rouca, porém firme. Jessica não pensou duas vezes em cair sobre os joelhos. Aquela ruiva sexy estava esperando pela minha ordem, mas antes de começar, apertei uma sequência de números no interfone do elevador para desativar temporariamente a câmera de segurança. Aquele era um show privado. — Abra minha calça e me chupe como se eu fosse seu oxigênio. — Acariciei a cabeça dela. Jessica desabotoou minha calça, desceu o zíper e colocou meu m****o para fora. Ela prendeu a respiração por um segundo ao entender que teria que colocar todo aquele volume até sua garganta. — Eu não tenho o dia inteiro. Jessica lambeu a cabeça como um ensaio antes de finalmente preencher aquela boca carnuda com meu m****o. Fechei os olhos e senti enquanto meu p*u deslizava para dentro e para fora daquela boca quente e aveludada; mas eu precisava de mais, então fechei minha mão nos cabelos dela e intensifiquei o movimento, fazendo com que meu m****o descesse até a goela dela. Eu sentia que ela ficava sem ar e tirava meu m****o de lá por alguns segundos para deixar ela respirar e então voltada a socar tão fundo que seria capaz de atravessá-la. Eu repeti o movimento cada vez mais rápido e puxei o cabelo dela com mais força para que ela soubesse o que fazia comigo. Eu sabia que gozaria a qualquer momento, então soquei fundo na garganta dela enquanto o orgasmo me atingia. Jessica engoliu tudo sem reclamar e passou a língua no canto da boca para limpar uma última gota. — Levanta e fica de cara para a parede. — Dei mais uma ordem já me preparando para me encaixar entre suas pernas. Jessica empinou a b***a para mim e eu levantei o vestido. Coloquei a lingerie para o lado e encaixei meu m****o bem na entradinha apertada dela. Escutei ela arfar de prazer ao sentir a cabeça do meu m****o e então empurrei em uma estocada só, tapando a boca dela para evitar que gemesse alto. Jessica rebolou como nunca e agarrou meu pescoço enquanto eu entrava e saia com força, do jeito que eu gostava. Dei uma, duas, três, quatro, cinco... incontáveis estocadas a ponto de Jessica perder a força nas pernas e eu precisar segurá-la para continuar metendo fundo. Faltando apenas um segundo para gozar, tirei meu m****o de dentro dela e derramei tudo naquele traseiro quente e marcado pelo biquíni fio dental que ela usava para ir à praia. Alinhei meu terno e baixei a roupa dela para agilizar o processo e me ver livre do que viria depois daquele encontro casual. Antes que ela tivesse a chance de dizer qualquer coisa, falei: — Use o banheiro do andar de baixo e não volte mais aqui sem que eu tenha convidado você. Se tentar fazer isso outra vez, os seguranças a impedirão de passar da entrada do prédio. Jessica ficou com o semblante de uma mulher frustrada, mas durou apenas alguns instantes, já que aquela mulher era uma conquistadora nata. Logo assumiu a pose de mulher independente e desapegada e bufou para mim, como se aquilo que fizemos não tivesse sido nada demais na rotina dela. Reativei a câmera e deixei o elevador no mesmo andar. Depois daquilo, eu não sentia mais vontade de almoçar. Eu aguardaria Sophia Vargas em minha sala, pronto para fazê-la se arrepender de entrar em meu domínio sorrateiramente.
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