Capítulo-XLV. Cruz
" A verdadeira cruz que o ser humano carrega é o sangue, ninguém sabe que espécie de praga os nossos antepassados rogaram e o nosso sangue carrega."
Nero
— Cadê a p*rra do Filippo que não atende a merda do celular?! — observo Ettore quase trincar os ossos da face enquanto aperta os dentes com força.
— F*dendo. Faz tempo que aquele lá não vê uma b*ceta... Deve ter morrido afogado, ou de tanto afogar o ganso. Ainda está fraco, só o couro e a catinga.
Ettore para de andar e me encara, estreitando suas íris azuis. Parece que vai fazer um buraco no piso de tanto que anda em pequenos crioulos, contei quinze voltas.
— Cazzo! Que p*rra é essa de “afogar o ganso”?
Estalo a língua no céu da boca.
— Coisa da Mariane. Ela tem cada pérola — sorrio com escárnio; pe
