CAPÍTULO 01 ANA

1269 Palavras
Prólogo Ana — Eu sei muito bem quem sou! — falo, batendo no peito, assim que ele me provoca, dizendo que eu nem conheço a mim mesma. — Mas eu sei sim, eu sou uma jovem mulher, dona do próprio umbigo! Ganho a vida com a minha beleza, nunca precisei me aproveitar de ninguém como você — digo nervosa, enquanto ele solta uma gargalhada fria. Bravo — Já vi que você não me conhece, nem sabe meu nome — ele fala, fixando o olhar nos meus olhos, e eu nem sei de onde tirei forças para encará-lo de volta. — Pois vai saber meu vulgo. Eu sou o Bravo — diz, e eu engulo seco, tentando entender como tive coragem de vir ao presídio encarar o chefe geral do Comando no Brasil. Ana — Eu preciso fazer isso por ele... ele tem esse direito — falo, mostrando o teste de DNA, mas ele simplesmente pega o papel e o rasga na minha frente. — Sério? A única prova que eu tenho para ajudar o meu filho, e você faz isso? Bravo — Você está pronta para essa guerra? A primeira coisa que vai ter que fazer é matar ele — ele diz, e meu coração dispara. Dou dois passos para trás, tentando assimilar suas palavras, mas ele não desvia o olhar. — A partir de hoje, você faz as visitas íntimas — ele afirma, e eu fecho os olhos, já sabendo que, mais cedo ou mais tarde, ele iria exigir isso. — Entendeu? — pergunta, segurando meu queixo com firmeza. Ana — Eu nunca segurei uma arma! Como é que eu vou matar o escroto do Daniel? — respondo firme, tentando parecer dura, mas por dentro, estou em guerra comigo mesma. Tento mudar de assunto. — Sou acompanhante de luxo, não putä de porta de presídio — falo, desviando o olhar. Ele me observa, e antes que possa insistir, concordo e saio dali com Moniali, a advogada dele. Preciso fazer isso. Nem que seja a última coisa que eu faça na vida, tenho que matar esse desgraçado e conquistar o morro, porque meu filho é o único herdeiro da Maré. Saio do presídio decidida a selar essa aliança com o Bravo. Ana narrando Hoje acordei cedo, fui para a academia como de costume. No meio do treino, recebo uma mensagem de Felipe dizendo que quer que eu o acompanhe hoje no baile do Complexo do Alemão. Em seguida, ele me manda um Pix com a comissão, para eu comprar a roupa e ir ao salão. Claro que vou linda e maravilhosa para sair em todas as fotos dos sites de fofoca e fazer a mulher dele morrer de raiva, aquela coitada sem sal que ele sempre deixa em casa. Depois da academia, volto para casa e tia Alzira já preparou o café da manhã de acordo com a minha dieta. Tomo o café e subo para o quarto, vou direto para o banheiro, tomo um banho, escovo os dentes e faço uma leve maquiagem. Passo hidratante, protetor solar, um corretivo e finalizo com um blush e um gloss. Vou até o closet, escolho uma calcinha mínima e um vestido midi canelado branco, coloco um tênis da Nike e ajeito o cabelo, soltando-o da touca de cetim. Pego minha bolsa da Gucci e desço para pegar as chaves do carro. Mando uma mensagem para a Lele avisando que vou passar no prédio dela para irmos ao shopping e depois ao salão. Hoje quero estar mais que bonita, quero estar deslumbrante. Saio do meu prédio, com a música perfeita tocando, e passo na casa da Lele. Ela desce e entra no carro. Lele — E aí, p*****a? — fala assim que entra. Ana — Fala, vagaba! Pronta pra hoje? Porque meu nome é “pronta” quando é pra fingir ser a fiel daquele gostoso... — respondo, e ela ri. Lele — Você sabe, né, p*****a, que todo mundo fala que você é a número dois, muito bem paga, enquanto a número um é uma coitada sem graça — ela fala, cantando a música enquanto seguimos em direção ao shopping. Chegamos, estaciono o carro e vamos às compras. Passo logo na Gucci e na Louis Vuitton, depois na Sephora, e também em uma boutique onde compro um vestido perfeito para arrasar no baile de hoje. Após todas as compras, almoçamos no Paris 6 e seguimos para o salão. Chegando lá, as meninas já sabem tudo o que eu gosto, então só relaxo enquanto me arrumam. Entre uma hora e outra, peço uma salada de frutas e um açaí. Depois de passar o dia cuidando de mim, volto para casa, faço um vídeo para o i********: mostrando as compras e janto a refeição que tia Alzira preparou. Em seguida, subo, tomo outro banho e, enquanto a maquiadora finaliza meu look, visto um vestido deslumbrante e salto alto. Quando são 22h20, Felipe manda mensagem dizendo que já está chegando, então aviso que estou pronta. Logo ele chega e me chama para descer. Ana — Boa noite, gatinho. Como sempre, estiloso só para mim — digo, e ele coloca a mão na minha perna. Felipe — E você, minha gostosa, como sempre maravilhosa. Nunca me decepciona. Tô doido pra te f*der o resto da noite — ele responde, dando partida em direção ao Complexo do Alemão. Ao chegarmos, passamos pela segurança, e os seguranças de Felipe já nos escoltam até o camarote onde está o VT, o dono do complexo. No camarote, cumprimento todos e fico no colo de Felipe, que não tira os olhos de mim. Às vezes, até os aliados dele parecem me comer com os olhos. No meio da festa, a irmã do VT e a Lele me chamam para dançar, e vou com elas, aproveitando o momento. De repente, o baile inteiro para quando “a patroa” chega. Felipe se levanta com uma cara nada boa e encara uma ruiva cheia de tatuagens que veio acompanhada da fiel do VT. Lele me olha sem entender. Elas vão até a mesa para cumprimentá-los, e Felipe faz questão de demonstrar sua irritação. A mulher não parece ligar. Ana — Quem será essa ruiva? Não acredito que o Felipe marcou comigo e com ela! p**a que pariu, homem escroto! — murmuro sozinha, mas percebo a Lele rindo ao meu lado e noto que falei em voz alta. — Fodä-se! Vou curtir o baile. Ele que se decida. Eu tô aqui, linda, bela e gostosa — penso, ignorando os olhares e continuando a dançar. RECADINHO DA AUTORA 💋 Se você ama um romance proibido, cheio de desejo, tensão e reviravoltas, então esse livro é seu lugar. Vem comigo viver essa aventura. De uma humilde autora pra você, leitora quente e corajosa. Te espero nas próximas páginas. AVISO LEGAL Esta obra é fruto da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, lugares ou situações reais é mera coincidência. 🚫 Proibido para menores de 18 anos. Contém cenas de viølência, sexø e linguagem imprópria. Todos os direitos desta obra estão reservados. A reprodução, distribuição ou compartilhamento em formato digital (PDF, ePub ou qualquer outro), sem a autorização expressa da autora, é proibida por lei. A viølação desses direitos é considerada crime, conforme a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que regulamenta os Direitos Autorais no Brasil, podendo resultar em sanções cíveis e criminais. A distribuição não autorizada desta obra é crime. Respeite o trabalho de quem cria com amor, suor e dedicação. 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