Chegando ate a sala, vejo meu "pai" sentado no sofa mexendo em seu celular, me aproximo e logo ele me nota e fica de pé. Ele me olha de um forma estranha, não consigo decifrar, ou talvez seja só coisa de minha cabeça, enfim....
-Você esta linda meu bem. - ele disse.
-Obrigado, vamos? - digo
- Claro.
E assim saimos, entramos em seu carro e no caminho havia um silencio um tanto desconfortável, as vezes eu sentia ele me olhando, coisa que me deixava bem... seila. não sei explicar, é muito estranho, eu tinha uma imagem diferente desse momento, eu pensei realmente que iria chegar e iria sentir raiva desse homem por não querer saber de mim por tanto tempo, mas quando o vi e agora que estou ao seu lado eu nn sinto nada, na verdade nem consigo o ver como meu pai. Sou tirada de meus pensamentos com ele me avisando que chegamos.
-Chegamos coisa linda.- diz ele.
Descemos do carro e fomos em direção do tal lugar, ela um restaurante ou uma lanchonete, não sei, era bastante agradável.
-Tome faça seu pedido. - disse ele me dando um cardápio
Demorei um pouco para escolher, afinal, no Brasil não usava o inglês com tanta frequência, mas logo fizemos os pedidos e ficamos um olhando para o outro sem saber como começar a tal conversa, isso o fazia ficar mas lindo doque de costume, aquela carinha de nervoso misturado com duvida, talvez....
-Bom..... - disse ele- Eu sei que nesse momento, você quer muito saber, o motivo de tanto tempo longe e sem manter conato, num é mesmo? - pergunta ele meio cabisbaixo.
-Sim, com certeza.
-Bom Aliciia, você não é nenhuma criança então vou ser bem sincero com você, eu e sua Mãe nunca tivemos nada serio, não sei se ela te falou isso, ela amava outra pessoa, e eu também, oque tivemos foi coisa de momento e de uma única vez, e como vc ja pode imaginar, nos não se cuidamos, e assim ela engravidou e bla bla bla, quando ela me contou, eu nunca dei pra tras ou fugir das minhas responsabilidades, pelo ao contrário, sempre a ajudei e depois que você nasceu, eu sempre estava presente também, depois de alguns anos, meu pai, teve que se mudar para cá, eu não quis vir, mas era impossível ficar no Brasil sozinho, sem família... então eu vim, no início não consegui entrar em contato com sua mae, mas logo que a localizei eu continuei com minhas responsabilidades, mesmo não sendo da forma que eu queria. Sempre mandava dinheiro e nem por um dia deixava de pensar em você.
-Sim, entendo, isso explica uma parte do seu desaparecimento, Mas não justifica nunca "poder" ir me ver.
-Sim, oque acontece é que meu pai, seu avô, faleceu depois de um tempo, e eu tive que assumir suas empresas por ser filho único, e antes disso eles não permitiam a minha ida ao Brasil. e isso me consumiu muito tempo, tinha dias que eu nem ia para casa eu dormia na empresa para poupar tempo, eram muitas viagens de negócios e eu por ser novo e nunca ter lidado com aquilo antes eu meio que me desliguei do mundo e vivi para o trabalho por muitos anos para conseguir manter tudo em ordem, depois me estabilizei e fui me acostumando, e foi quando a minha mãe faleceu. Ela era a única pessoa que me restava. Eu sei, nada justifica, mas eu realmente me senti perdido. Anos se passaram e eu entrei em contato com sua mãe para você vir fazer faculdade aqui, a princípio para você tomar posse da empresa que um dia será sua. Mas também para nos aproximar e claro se conhecer... - Ele suspira. - Eu sei que você não deve nem me ver como seu pai, e está tudo bem, eu te entendo. De verdade. Mas nunca pensei que eu te abandonei por que quis. Meu pai era um homem difícil e quando eu disse que queria ficar no Brasil ele disse que não deixaria nenhum dinheiro pra mim e que iria destruir qualquer chance de eu arrumar um emprego. Eu preferi vir com ele para continuar dando assistência a você e a sua mãe.
NOSSSSSSA, que muita coisa para absorver, como assim eu vou herda uma empresa um dia, eu nem sei tomar conta de mim, mas isso também me fez pensar como foi difícil para ele quando o seu pai, morreu, ele sem mas nem menos, sem preparo teve que tomar conta de tudo e logo depois a sua mãe morre...
-Entendi... - Falo.- Você não tem mas nenhum familiar ? - pergunto.
- Minha mãe era filha única e meu avós também morreram, meu pai era órfã. Então não, eu sou sozinho desdo falecimento da minha mãe. Bom, agora eu tenho você. - Ele fala e eu olho pra ele...
A nossa comida chegou e comemos em selênio, logo que terminamos fomos para casa, logo que chegamos, ele parou na porta e disse:
-Esqueci de te dize, que tenho uma namorada, logo vocês vão se conhecer e acredito que você irar gostar dela.
Não sei oque me deu mas eu me senti seila, estranha, vamos dizer que me senti menos especial por saber que tinha outra mulher, não sei explicar, é estranho e desconcertante.
- Entendi, que bom. - nossa, serio que eu falei um " que bom "? serio isso Aliciia?
Entramos e eu fui direto para meu quarto, estava realmente muito cansada, so queria dormir e dormir..