Mateus estava no portão quando um motociclista estacionou e entregou uma carta — dobrada, em cor-de-rosa, com o nome de Makrisla.
__ Quem mandou?
___ Não sei, não senhor, deixaram na portaria de onde eu trabalho e tive um trabalhão para encontrar o endereço, porque estava errado, encontrei somente por causa do nome..
Mateus o deixou ir.. Não tinha sobrenome na carta, e o nome estava escrito errado, como se fosse alguém que não a conhecesse de verdade. Ia abrir, mas Hector interrompeu:
— Não pode, Mateus. Precisa entregar. Entregue a carta. Está começando um relacionamento e não pode abrir algo assim; talvez seja sobre algum familiar. Entregue e a deixe ler, fique por perto, mas...
Mateus obedeceu, não quis discutir com Hector, só que o fundo queria mesmo era jogar a carta fora.
Mak
