CAPÍTULO 02

1089 Palavras
THÉO Eu sabia que hoje seria um dia bastante corrido, mas não sabia que teria que entrevistar a p***a de um bando de pessoas para conseguir um simples estagiário. — Você não pode fazer isso? — pergunto para a secretária, que já abaixou tanto o decote que tenho certeza de que seus p****s vão voar na minha cara a qualquer momento. — Ele vai trabalhar com você, senhor. Achávamos que seria melhor escolher alguém do seu agrado. — A mulher, que parece ter uns vinte e poucos, talvez trinta anos, tenta tocar meu braço, mas esquivo-me dela num movimento brusco. Odeio quanto tentam tocar em mim sem permissão. — então vou fazer isso. — explico, virando-me em direção aos elevadores. Se esse novo estagiário irá trabalhar comigo, é bom que seja alguém que eu aprove mesmo, porque para expulsar uma pessoa dessa empresa a pontapés não é tão difícil quanto se imagina. Assim que entro no elevador, encaro-me na parede tão polida que mais se parece com um espelho. O terno escuro sob medida abraça perfeitamente o meu corpo, com nem um centímetro a mais ou a menos. Herdei os traços fortes do meu progenitor, assim como meu irmão. Ele pode não ter sido o melhor pai do mundo, mas pelo menos tinha uma genética forte e nos deu certos atributos, além de nos deixar uma das maiores empresas desse país, antes de seguir sua jornada até o inferno. O meu escritório fica na cobertura, e quando as portas do elevador se abrem, há uma ruiva peituda esperando para usá-lo. Há espaço suficiente para dez pessoas passarem sem problema nenhum, mas ela faz questão de esbarrar em mim, empurrando os p****s siliconados contra meu peitoral. — O-oh... Desculpa senhor! — ela abre um sorriso largo, dando um passo para trás e fingindo ser tímida. — olhe por onde anda. — obviamente não vou empurra-la ou trombar com ela, mas forço passagem e obrigo-a a dar um posso para o lado. — mil perdões, senhor. Quer tomar algo comigo como pedido de desculp... — a voz irritante dela morre assim que entro no meu escritório e bato a porta com força. A sala ampla é bem organizada e tem vista para toda a cidade. Esse é apenas uns dos 9 prédios da empresa espalhados pelo país, mas é aqui que passo a maior parte do tempo. Assim que sento na cadeira, o telefone fixo que há sobre a mesa começa a tocar. Solto um suspiro longo e pego-o. — Senhor, dois dos candidatos já chegaram. — Mande-os subirem. Um de cada vez. — respondo, não querendo ter que lidar com dois idiotas ao mesmo tempo e me estressar pra c*****o. — Okay, senhor. A primeira já está indo. —Ah. Mais uma coisa. Demita a ruiva que sair pelo elevador vestindo uma blusa florida. — digo, não esperando a sua resposta antes de desligar. (***) Essas entrevistas estão sendo a merda de um desastre e estão acabando com meu humor. A primeira garota só não pulou no meu colo porque eu a mandei ir embora antes disso; o segundo cara parecia ser alguém com quem eu iria sair no soco na primeira oportunidade; o quarto era até decente, mas seu currículo era um pouquinho questionável. Quando o quinto saiu de dentro do meu escritório, eu já estava quase arrancando os cabelos de tanta raiva (e não tenho certeza se seriam os meus). Pelo o telefone rapidamente e conecto-o com a linha do térreo. — Senhor? — a voz da secretária pergunta. Olho no meu relógio e noto que já são 4:53. p**a merda. — São só esses, certo? — outro candidato chegou agora pouco... — mande-o ir embora. Eu não quero ver mais ninguém hoje... E de preferência pelo resto do ano também. — Digo, escutando-a explicar a situação para o sujeito logo em seguida. — S-senhor. Ele pede que reconsidere e lhe dê uma chance. — ela continua, me fazendo revirar os olhos e soltar um rosnado. — Okay, mande-o subir. — cedo, mesmo que vá manda-lo embora um segundo depois que ele colocar os pés aqui. Só quero ver quem é o i****a que acha que pode me afrontar. Empurro a cadeira para mais perto da mesa e cruzo os braços, enquanto encaro a porta do escritório. O único som que corta o silêncio é a suave barulho emitido pelo ar-condicionado, o que na verdade é um pouco irritante. Depois de algum tempo, escuto uma batida rápida na porta de vidro escura. — Entre. — Digo, levantando as sobrancelhas, pronto para encarar o sujeito. — C-com licença, senhor. — uma voz doce diz, antes que um garoto baixo entre na sala em passos incertos, me deixando completamente paralisado. Para falar a verdade eu não sei o que esperava, mas esse garoto lindo com certeza não é uma delas. — Sente-se. — Aponto para a cadeira acolchoada do outro lado da mesa, apagando qualquer pensamento que tinha sobre manda-lo embora. O rapaz caminha até a cadeira com passos estranhos, como se estivesse lutando para não tropeçar. A sua roupa é um pouco engraçada e ele com certeza não sabe combinar cores ou fazer uma sobreposição. Há alguns centímetros sobrando nas mangas da camisa branca, fazendo as suas mãos ficarem meio escondidas. Ela deixa a sua pele alva ainda mais pálida, mas pelo menos serve para destacar aquele par hipnotizante de olhos azul turquesa e os cachos tão dourados que deixariam qualquer com inveja. A gravata azul é estupidamente longa, e a calça com certeza é de segunda mão. Mas mesmo nessa roupa estranha, ele é simplesmente a pessoa mais linda que eu já vi em toda minha vida. Olhar para esse angelical e inocente rosto me faz imaginar coisas tão obscenas que deixariam qualquer um traumatizado. p***a!! Eu quero algema-lo na minha cama; quero bater nele; quero f***r o seu buraquinho e vê-lo gritar... Eu devo ser o velho mais pervertido que há no mundo. mas a culpa nem sequer abala a enxurrada de pensamentos que ocupam a minha mente e fazem o meu p*u ficar tão duro quanto o possível, me fazendo ter que mudar de posição para ficar menos desconfortável. — S-senhor? — Aquela boca minúscula e rosada me provoca enquanto ele fala, fazendo-me imaginar como seria meter nela até gozar... — Qual seu nome? — pisco e tento controlar os pensamentos, embora aquele rosto não me ajude com isso. O corpo dele é magrelinho... o nariz empinado... Os cílios loiros longos... As bochechas coradas... p**a merda.
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