• PK . . . Tava voltando da casa da minha tia com umas sacolas na mão, quando vi o carro parando em frente à casa da Paty. Primeiro não dei nada. Só pensei que podia ser alguma amiga, parente, sei lá. Mas aí vi ela descendo do carro rindo. Rindo. E não era aquele sorriso normal não. Era aquele sorriso leve, que ela dava quando tava se sentindo bem. E isso me fez travar. Encostei no muro do outro lado da rua e fiquei olhando. O cara desceu também, ficou conversando com ela na boa. E eu já comecei a sentir o sangue ferver. Eles ficaram ali, de frente pro portão. E antes que ela entrasse, o cara puxou ela pela mão e meteu um beijo nela. UM BEIJO. Ali, no portão da casa dela. Onde eu já deixei ela mil vezes. Onde a gente já se abraçou, discutiu, chorou, riu… naquele mesmo lugar. Mano…

