Adrien Lamartine — Acho que eu vou estrangular uma certa caçula que está bem minha frente — rosnei entre dentes para a minha irmã, que escancarou um largo e iluminado sorriso. — Sério Adrien, uma aluna? — perguntou irônica, soltando uma risadinha escrota e com seus olhos claros acusando-me deliberadamente. Eu fiz um gesto com as minhas mãos, abrindo e fechando os dedos, insinuando o que pretendia fazer e ela gritou, correndo pelo apartamento e se trancou em seu quarto. — Não vai escapar, Anne Lamartine. Uma hora você vai terá que sair do seu quarto e eu vou pegar você e vou afogá-la em sua tigela de leite, com aqueles malditos cereais coloridos! — ralhei contra a madeira pintada de rosa e ela riu alto lá dentro, me fazendo rir também. Anne abriu uma brecha na porta e me olhou através de

