Jefferson narrando:
Meu nome é Jefferson, mas aqui no morro me chamam apenas de "Son", apenas a minha família sabe o meu verdadeiro nome, o resto me conhece apenas pelo meu vulgo, sou dono do morro do Heliópolis com muito orgulho, cresci aqui, e vou morrer aqui..
Conheci a minha fiel Sônia em um baile na quadra, aquele rebolado dela me chamou atenção e me amarrou nela, até hoje, não importa a situação, ela sempre está ao meu lado...
Tivemos dois filhos, Douglas meu mais velho e Tyler meu caçula, eles são o meu orgulho...
De tudo que eu fiz na minha vida, o que valeu mais a pena foi ter os meus filhos, Douglas fez faculdade, é um homem estudado, ao contrário de mim, Mas mesmo eu dando toda educação que ele merece, se tornou sub do Morro, ele é apaixonado por isso aqui como eu.
Agora o meu caçula Tyler, esse vídeo mais fora do Morro do que aqui dentro, comprei um apartamento para ele no asfalto, na Vila dos ricos, sempre vamos visitar ele, a minha fiel está quase todo o dia na casa dele.
Esse foi m*l em administração como o irmão dele, eles são inteligentes, e sei que vai longe, tenho o sonho de ver ele comandando a própria empresa sabe, ser aqueles homens poderosos igual os filmes de ação.
Meus filhos, mesmo tendo estudado a mesma coisa, são um bem diferente do outro. Douglas é centrado, leal, agora Tyler é muleque p*****a, não para com ninguém...
Quando fiquei sabendo que ele estava namorando uma menina do asfalto, comecei a dar risada, fiquei com dó dela, se ela soubesse o tanto de chifre que leva aqui no morro, conheci a fiel dele no asfalto a tal de Mara, não posso mentir, gostei muito dela, é muito inteligente, bonita, educada, tem cheiro da riqueza...
Meu filho foi um i****a, e perdeu ela, já sabia que ele ia se arrepender, ele disse que ela era virgem, p***a eu e Douglas quase matamos ele, como perde uma mina responsa assim...
Ficamos enchendo tanto o saco dele que ele disse que ia ter ela de volta, pelo bem ou pelo m*l. Já sabíamos que ele não ia conseguir, fizemos uma aposta com Tyler, e se ele não voltar para a menina, o apartamento que dá para ele vai para Douglas.
Ele fechou a aposta, e os jogos começaram...
Vamos na formatura do meu moleque, ver ele se formando deixou meu velho coração cheio de orgulho, faz um tempo que estou pensando em me aposentar sabe, meus filhos já estão criados, já tenho uma grana para me envelhecer com a minha fiel...
Tyler se sentou na mesa dos Pais de Mara, e ficou conversando com eles, observei o rosto dela, estava furiosa, ela tem fibra e caráter, se eu fosse mais novo, ela seria minha ...
Nós despedimos depois que acabou a festa, Tyler iria para uma boate com a princesa, disse a ele que precisava de uma prova, já que ele iria tirar a virgindade dela, que nos trouxesse o pano com sangue. Douglas e eu não para vamos de encher o saco dele, mas claro que sempre na encolha longe de nossas fiéis, se Pâmela pegar Douglas falando desses assuntos é capaz de arrancar o seu pescoço.
Quando o Douglas disse que Pâmela era sua fiel, fiquei extremamente preocupado, ela é a mulher mais barraqueira que tem no meu morro, todos os dias arruma confusão e ia parar na boca, ela não tem escrúpulos, ela não tem nem vergonha na cara.
Pâmela e Sônia estavam se sentindo as princesas do baile na formatura, mas m*l sabia elas que os nossos olhares estavam em outra pessoa, Mara estava linda, eu e Douglas ficamos babando de longe, Tyler percebeu e achou r**m, mandou tirar o olho que ela era dele.
Depois que acabou a formatura Voltamos para o morro do Heliópolis, daí eu disse que passaria a noite fora pois ele teria sua primeira noite com Mara, ficamos com uma boa inveja dele, mas desejamos boa sorte, do jeito que Mara estava olhando para ele é capaz e ela cortar o p*u dele fora.
A noite passou rápido, estava como sempre todas as manhãs na cozinha junto com a minha família, Douglas com a sua fiel e eu com a minha, só faltava Tyler, mas como errar ele tomar café da manhã com a gente, nunca esperamos.
Estávamos terminando o café da manhã quando o meu rádio tocou, era os vapores avisando que Carlos estava subindo ele é o meu irmão mais velho, somos de lados opostos, ele é delegado, e eu sou bandido, mas mesmo assim não deixamos isso interferir em nossa família, quando estamos juntos esquecemos o que fazemos e apenas curtimos o momento.
Ficamos esperando na mesa ele chegar, Sônia limpou tudo e colocou mais café e pão, Carlos entrou em casa e veio até a cozinha, mas algo estava errado, seu rosto estava sério, e seus olhos estavam fundos, eu conhecia aquele olhar...
_ O que aconteceu Carlos? Porque está assim?
Já fui logo jogando a visão, quero saber o que fizeram com ele...
_ Jefferson, meu irmão, eu sinto muito, não queria que outra pessoa desse uma notícia dessa, mas eu juro que vamos descobrir o que aconteceu, e o culpado pagará com a vida....
Comecei a ficar nervoso...
_ Irmão, do que está falando? Passa logo a visão!
_ Achamos o corpo de Tyler hoje de manhã na caçamba de lixo, ele estava bem machucado e com um tiro na testa...
_ Tyler? O meu Filho? Não pode ser, tem certeza que é ele?
_ Tenho sim irmão, eu sinto muito...
Minha mulher começou a gritar e a chorar, Douglas tentou consolar a mãe, mas ler também estava em Pânico, minha mulher acabou desmaiando, mandei Douglas levar ela para o quarto que eu precisava ver se era mesmo Tyler, não pode ser o meu moleque...
Sai do morro com o meu irmão e fui até onde estava o corpo de Tyler, tive que ficar esperando em uma sala o pessoal da delegacia acabar a perícia, e fazer a autópsia do corpo....
Depois de algumas horas liberam a minha entrada, entrei na sala e era muito fria, o meu irmão estava comigo, ele abaixou um lençol branco que estava cobrindo o corpo, e quando eu vi, a minha ficha caiu, e com ela o meu mundo...
Abracei meu filho morto, comecei a chorar, era mesmo o meu moleque ali, ele estava gelado e frio, seus lábios sem vida...
Comecei a gritar com a dor que senti no peito, meu irmão estava me abraçando, pedir a noção do tempo que estava ali, mas não queria ir embora e deixar o meu menino, o filho que criei com tanto amor e carinho...
Meu irmão disse que precisamos sair, ele me levou de volta para o morro, e disse que ia fazer o enterro no cemitério mais caro de São paulo, o melhor para nosso moleque, que só precisamos avisar o pessoal o horário do velório...