Terror Narrando Saí do QG e fui direto pra casa da Joana. Já tava com aquilo engasgado na garganta. Cheguei lá, bati no portão, chamei, nada. A casa tava fechada, silêncio total. Fiquei uns segundos ali, coçando a barba, até que vi o Chiquinho atravessando a rua com aquela cara de quem não sabe se corre ou se finge de morto. — Ô, Chiquinho — gritei. Ele congelou. — Vem cá rapidinho. Ele veio na moral, meio travado, já sabia que não era dia de brincadeira. — Cê viu a Joana? — Vi sim, Terror, ela tava ali no Chico-Pança, tá ligado? Restaurante do Pança. Com a filha dele. — Valeu. Dei uma batida leve no ombro dele e voltei pra moto. Mäl virei a esquina, já vi a Joana sentada na calçada, rindo com mais duas mina. Ela me viu, parou de rir na hora. Puxei o freio e parei bem de frente. —

