Hades narrando Depois que a minha pequena saiu da minha sala, tudo o que restou foi silêncio. Mas não era um silêncio calmo. Era o tipo que precede a destruição. O ar parecia pesado, como se as paredes estivessem prestes a desabar. Eu me sentei na poltrona, mas não por conforto foi só pra não quebrar a mesa com um soco. A imagem dela indo embora com os olhos molhados e o peito arfando não saía da minha cabeça. Minha Layla. Minha mulher. Porque era isso, Bianca, o filho. A dúvida. Uma armadilha bem montada e eu sabia exatamente quem tava por trás. Rato. Aquele verme. Sempre foi sujo, sempre foi oportunista. Meu sangue ferveu. A raiva me engoliu de um jeito que eu não sentia há muito tempo. Não era cansaço, nem dor, nem desespero. Era ódio. Puro, quente. Levantei da cadeira com um

