Hades narrando Eu caminhava pelo pátio. As mãos cerradas, os meus olhos incandescentes de desejo e frustração. Murmuro para me mesmo, a minha voz carregada de fúria: — Caralho... — rosno, o eco da palavra se espalhando pelas paredes de pedra — O cheiro daquela filha da p**a não sai de mim. Paro, respirando fundo, como se o próprio ar estivesse impregnado dela. As lembranças da gente trepando cravadas em minha mente: os seus olhos grandes, o brilho inocente e desafiador, e o jeito ingênuo que, incendiava minha alma maldita, querendo lhe apresenta o pecado. — Aqueles olhos... — murmuro — E aquele jeitinho de santa... p***a, é de enlouquecer qualquer um. Eu soco a parede, rachando a pedra sob meus punhos. Nada daquilo fazia sentido. Eu Hades, soberano do submundo do Alemão, enlouquecido

