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1204 Palavras
Ah, devo dizer que quando me deparei com Alexandre, foi como se uma montanha tivesse decidido se mover. Quase dois metros de puro "glamour"! Mamãe tinha mencionado que ele tinha 29 anos, mas juro que olhei ao redor pra ver se ali, escondido, estava o século inteiro que parecia se esconder por trás daqueles olhos. Ele, um misto de graciosidade e selvageria... pensei que pudesse ser a personificação de um Deus mitológico da antiguidade. Era como se ele tivesse a força dos deuses e a esperteza dos lobos, tudo combinado em uma embalagem quase impenetrável de charme. Os cabelos escuros dele eram como ondas do mar em uma tempestade, moldando um rosto que poderia ter sido esculpido por um artista celestial. Traços firmes, olhos âmbar que pareciam guardar mistérios mais antigos do que a própria língua. E olha, aqueles olhos eram um portal direto para uma novela de dualidade, tipo "homem versus natureza"! Que viagem! Para um cara de 29 anos, ele tinha um jeito de quem já tinha vivido décadas. O controle e a confiança que exalava pareciam algo saído dos manuais dos líderes antigos. Era tipo um "combo" de "poder e majestade", com um toquezinho de "fragilidade escondida", sabe? A dualidade desse cara era tipo um reality show! Ele tinha essa coisa de predador em descanso, só esperando o momento certo pra agir. Sabe quando você assiste a um programa de suspense? Era mais ou menos essa a vibe, sem os sustos, claro. Enquanto eu fitava esse "espetáculo da natureza", caí na real de que a fofoca sobre o Alexandre, muitas vezes baseada em rumores e comentários superficiais, talvez não captasse o pacote inteiro que ele carregava. Ah, havia mais ali, muito mais do que a embalagem estilosa que ele exibia. Era como um livro de capa dura e um enredo mega interessante, esperando para ser desvendado. A incerteza ainda pairava no ar, mas, ei, minha curiosidade estava mais em alta do que nunca! Aquela vontade de desvendar os segredos por trás daquela pose imponente, era como se fosse um capítulo de uma novela da qual eu precisava descobrir o final! "Veja quem temos aqui, senhorita Eliza." "Senhor Wolfgang." O alfa olhou para o filho e notei um olhar tenso entre os dois. Alexandre deu um passo à frente e parou diante de mim. Fiquei ali, observando-o atentamente, tentando captar algo mais do que apenas palavras. O perfume que emanava dele e a energia que irradiava eram quase tangíveis. Foi uma sensação surreal. "Olá, Eliza. Meu nome é Alexandre, e parece que você foi a escolhida para ser a minha noiva." O tom de sua voz saiu áspero e seco, deixando-me momentaneamente atônita. Instintivamente, procurei o olhar do meu pai, buscando apoio ou orientação diante daquela situação desconfortável. Ele foi rude comigo? Fiquei ali, tentando decifrar a atitude de Alexandre, um misto de surpresa e confusão. Será que aquela resposta brusca era o verdadeiro reflexo dele ou havia algo mais por trás daquela máscara de desdém? "Muito prazer, meu nome é Eliza." Nossos olhares se encontraram em um instante carregado de tensão e expectativa. Resolvi estender a mão em um cumprimento formal, mas antes que eu pudesse completar o gesto, Alexandre se inclinou elegantemente e segurou minha mão, curvando-se em uma reverência para beijá-la. Seu gesto foi cortês, quase exageradamente agradável, o tipo de atitude que normalmente deveria me deixar à vontade, mas havia algo ali que me fez desconfiar. Era como se ele estivesse seguindo um roteiro predefinido, interpretando um papel cuidadosamente ensaiado. A sutileza excessiva daquela atitude protocolar me fez questionar as intenções por trás da cortesia. Enquanto sua atitude era refinada, eu não pude deixar de notar uma discreta nuance de artifício, como se aquela gentileza escondesse algo mais, algo que não se revelava de imediato. A delicadeza do gesto parecia encobrir um propósito, uma camada de cortesia que poderia muito bem ser uma máscara para ocultar algo mais profundo. Aquilo era agradável demais para não levantar suspeitas, e deixou-me curiosa sobre as reais intenções por trás daquela cortesia exagerada. "Espero que não fique com raiva de mim, mas eu não vou me casar com a senhorita." A declaração de Alexandre foi um choque para todos ali presentes. Exceto pelo pai dele, o alfa, cuja expressão era de pura seriedade e desaprovação. A notícia caiu como uma bomba no meio da sala, deixando um silêncio pesado e um misto de reações espantadas. Eu, por outro lado, fiquei de boca aberta, incapaz de articular qualquer resposta coerente. Ver alguém se recusar a casar comigo diante das duas famílias, especialmente naquele momento crucial, deixou-me estupefata e constrangida. Enquanto observava o ambiente, notei as reações ao meu redor. A mãe de Alexandre parecia horrorizada, como se aquela recusa fosse um ultraje inaceitável. Meu pai exibia uma expressão de desapontamento, enquanto minha mãe, ao lado dele, analisava a situação com uma mescla de surpresa e choque. Toda a atmosfera da sala tornou-se tensa e incômoda, um mar de expectativas frustradas e confusão. A situação escapou totalmente ao meu controle, e eu me via ali, diante de todos, completamente constrangida e sem saber como reagir diante de uma recusa pública, inesperada e desagradável. Era como se o chão tivesse sido tirado debaixo dos meus pés, deixando-me à deriva em um mar de incertezas e embaraços. "Pare com tolice." Alexandre deu um passo para trás, me concedendo a oportunidade de responder ao que ele acabara de dizer. Não podia simplesmente aceitar aquela recusa pública. Era constrangedor demais. "Não é tolice, pai!" "Alexandre." Eu não podia acreditar naquilo. Era como se o chão se abrisse sob meus pés. Uma mistura de vergonha, confusão e indignação tomou conta de mim. Não podia aceitar aquele tipo de humilhação diante de todas aquelas pessoas. "Eu não vou me casar com essa menina. Ela não tem nada que me agrade, eu sei que tenho esse direito. Posso recusar o casamento com ela." Meu estômago se revirou ao ouvir aquelas palavras. Era uma mistura de incredulidade e constrangimento. Entrar naquele embate entre pai e filho era algo que eu não esperava, mas eu não podia simplesmente ser desconsiderada daquela maneira. " O que quer dizer? Acha que eu sou o problema? " perguntei, entrando na discussão que surgia entre os dois. "Isso não é sobre você." Disse, áspero. "Você está me desdenhando para escapar disso. Não posso aceitar isso, se não tem moral ou honra para cumprir o que precisa. Basta dizer isso." Minha mãe, vendo o constrangimento estampado em meu rosto, puxou-me pelo braço e olhou para mim com uma expressão que misturava compaixão e preocupação. A situação havia se tornado um turbilhão de emoções e eu me via envolvida em uma situação que nem nos meus piores pesadelos imaginaria enfrentar. " Quer mesmo falar de honra e moral? Olha pra você, esperou isso a sua vida inteira não é? " " Eu sei sobre honrar minha família." "Parem com isso. Os dois estão predestinados, vamos sentar e conversar. Não quero que isso saia daqui sem nada resolvido." "Eu não me caso com ela, pai. Sinto muito." "Alexandre." "Preciso ir." Então, pela primeira vez, eu vi a única pessoa que dava as costas para o nosso alfa. O filho dele.
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