Irelad
Deus, eu me sinto um lixo.
Levantei a cabeça do travesseiro e estremeci. É por isso que raramente bebia. Uma ressaca terrível e um despertar às 3h30 da madrugada não são bons companheiros de cama. Estendendo a mão para o zumbido irritante, dei um tapinha na mesa de cabeceira até que de alguma maneira consegui encontrar meu telefone e silenciar o alarme.
Dez minutos depois, o som retornou. Eu gemi enquanto arrastava meu corpo fora do conforto da minha cama e me dirigi para a cozinha para um muito necessário café e Motrin. Eu provavelmente também precisaria pôr gelo nos meus olhos, a fim de parecer meio apresentável no ar esta manhã.
Eu estava me servindo, o café fumegante enchendo minha caneca, quando de repente, a razão para a embriaguez da noite passada e minha ressaca resultando me bateu. Como diabos eu tinha esquecido?
A carta.
A maldita carta.
— Ai! Merda! — Café quente derramou por cima da caneca e escaldou minha mão.
— Merda.
— Ai.
— Merda!
Coloquei a mão na água fria e fechei os olhos. O que diabos eu tinha feito? Eu queria voltar para a cama e ao esquecimento.
Mas, em vez disso, todos os detalhes de ontem voltaram como um tsunami. Uma hora depois que eu carreguei minha bagagem pela porta da frente, voltando de uma semana no paraíso, uma carta havia chegado via mensageiro.
Demitida.